CASO EDSON DE OLIVEIRA: LESADOS DA XTAGIARIOUS FINANCE AGASTADOS COM O TRIBUNAL DE LUANDA ANUNCIAM MANIFESTAÇÕES A PARTIR DE DEZEMBRO

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Para exprimirem as suas insatisfações com o Tribunal dona Ana Joaquina, o grupo de lesados da empresa Xtagiarious Finance, em conferência de imprensa realizada neste domingo, 24, denunciaram as irregularidades cometidas no cumprimento da sentença que reconhece o direito à recepção dos valores aplicados à empresa que lesou os cidadãos em mais de três biliões de Kwanzas

ANNA COSTA

A sentença que reconheceu o direito à reparação dos danos sofridos, dita a devolução dos valores aplicados pelas vítimas, porém, decorrido um ano, segundo os lesados, nada acontece, alegadamente por interferências de mãos invisíveis e desentendimento entre a sala do cível e do crime.

Conforme as vítimas no processo-crime, existem bens desaparecidos e que desconhecem o paradeiro e tais meios não fazem parte da lista dos bens apreendidos da Xtagiarious Finance

“ Ainda no processo-crime, várias informações foram ignoradas e nós pedimos por via dos advogados que o juiz nos apresentasse um estrato da conta e ficassem com o estrato da empresa, mas o Tribunal não foi capaz de apresentar o estrato”, disse Bumba Fernando porta-voz dos lesados.

Uma quantia de cerca de 200 milhões de kwanzas, foi transferido nas contas de algumas figuras, entre eles, Fly Squad, Dji Tafinha e C4 Pedro, que têm os seus nomes registados nos estratos bancários, conforme mostraram à imprensa os lesados.

“Estamos a falar num total de quase 200 milhões de kwanzas , nós entendemos que estes cidadãos devem ser chamados para que explicassem por que e com quê finalidade receberam estes valores”, disse o porta-voz.

 As vítimas, acusaram ainda a Polícia Nacional de se beneficiar de alguns bens do CEO da Xtagiarious Finance, entre estes constam 10 viaturas que se encontravam apreendidas na esquadra do Zango 4 ,no mandato do comandante identificado por Notícia.

“ Eram cerca de 20 carros e desapareceram mais de 10 carros, alguns eram usados pela polícia e estes carros não aparecem no processo”.

 Entre os bens desaparecidos constam carros, tractores, motos, e as vítimas fazem menção a um dos apartamentos edifício na zona da Dira que está neste momento a ser usado sem saberem com que autorização, o que também não consta dos documentos no Tribunal

Os lesados entendem que, neste momento, encontram-se reféns do cível e o crime, por não conseguirem entender o que os juízes pretendem com os bens da Xtagiarious.

“ O que deixa mais triste é ter uma sentença da sala do cível administrativo que fará 1 ano no dia 7 de Dezembro, que até ao momento não é cumprida. O cível acusa o crime de não querer dar os bens e o crime descredibiliza a sentença, porque não dizem nada. Mas este bens nós consideramos nossos, porque foram comprados com o nosso dinheiro”, disse um dos lesados.

No processo que decorre desde 2021, cinco cidadãos já não fazem parte ao mundo dos vivos e outros deles encontram-se com problemas de saúde devido à situação, e sabe-se que, neste processo, foram descartados todos os casos de óbito.

“ Parece que o tribunal está desequilibrado, aumentando o peso da balança para um cidadão criminoso”.

VÍTIMAS DE EDSON DE OLIVEIRA PROMETEM MANIFESTAÇÕES A PARTIR DE DEZEMBRO

Por sentirem que existe uma guerra sem fim entre os tribunais, os lesados decidiram começar uma série de manifestações a partir do dia 7 de Dezembro, do Cemitério Santa Ana ao largo primeiro de Maio.

E falam ainda em, caso não obtiverem alguns resultados, as manifestações continuarem até aos palácios da Justiça e presidencial.

 “ O cível administrativo dá como insolvente a Xtagiarious e inocenta o cidadão Edson, já na sala do crime eles olham o Edson como um burlador e que deve ser punido criminalmente, é aí onde eles estão a se complicar e  estão a esquecer da situação dos lesados”, referiu Bumba Fernando.

Disseram ainda que a dívida ronda entre os 3 bilhões de kwanzas e que são no total 900 lesados, porém consta no processo uma dívida de apenas 150 milhões de kwanzas e tudo os leva a crer que há uma mão invisível para o processo não avançar.

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