ANGOLA INCAPAZ DE OCUPAR AS 74 VAGAS RESERVADAS A FUNCIONÁRIOS EFECTIVOS NA UNIÃO AFRICANA

Apesar de Angola ser um dos seis maiores contribuintes do Orçamento Estatutário da União Africana, ocupa apenas cinco vagas das 74 reservadas a seus funcionários angolanos efectivos na Comissão da União Africana.

NDOMBI ZADIMENGA

O doutor m direito constitucional e internacional, Leonardo Quarenta, diz no seu artigo de análise que, isto demonstra que o MIREX não tem um programa concreto de actuação de como esses quadros serão recrutados e catapultados para esses organismos internacionais.

“O Estado angolano contribui milhões de dólares todos os anos aos organismos e organizações internacionais, mas na realidade esses investimentos não traduzem-se em nada no crescimento da nossa diplomacia, porque  na prática os lugares reservados para Angola nessas grandes organizações mundiais os funcionários do MIREX e não só, atribuem aos seus familiares”, observou Leonardo Quarenta.

Segundo ele, o MIREX precisa saber exactamente o que deve ser feito de modo a preencher acertadamente as vagas de Angola nas organizações internacionais, mas isso exige visão por parte da administração central do MIREX, exige inteligência, pragmatismo e muito estudo.

Na opinião do professor universitário Gervásio Gaudêncio, Angola deve assumir as suas responsabilidades internacionais, através da acção nas organizações de carácter global e regional.

“As organizações internacionais são consideradas actualmente parte central da política internacional, assim como da vida social ao redor do mundo. Quando um País tem seus quadros nestas instituições, é uma mais-valia”, acrescentou.

Refira-se que o académico angolano Wilson De Almeida Adão é último angolano eleito, recentemente, em Adis Abeba, presidente da Arquitectura de Governação Africana (AGA), para um mandato de dois anos

Antes dessa eleição, Wilson de Almeida Adão foi escolhido, a 8 de Novembro de 2023,  para presidente do Comité de Peritos dos Direitos e Bem-Estar da Criança da União Africana (UA).

O especialista angolano foi eleito por  unanimidade dos membros da AGA durante uma reunião política deste órgão da UA , realizada  à margem dos preparativos da  37a cimeira ordinária da União Africana agendada para o próximo fim-de-semana, na capital etíope.

Angola é um dos seis maiores contribuintes do Orçamento Estatutário da UA, ao lado da África do Sul, da Argélia, do Egipto, de Marrocos e da Nigéria, mas detém uma taxa de representação de cerca de 7% nas estruturas da organização.

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