JOZEF SMETZ : “TENHO MUITO RESPEITO PELA HISTÓRIA DE ANGOLA, QUE É MONUMENTAL E INCRÍVEL”

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Jozef Smetz é um cidadão do mundo que exerceu o cargo de embaixador do Reino da Bélgica em Angola durante quatro anos. É um leitor assíduo do Jornal de Angola, em particular das páginas de Cultura, através das quais se informava sobre o movimento artístico e cultural do país, uma das marcas que deixa como legado, quer junto dos seus colegas do corpo diplomático, quer dos muitos amigos que fez em Angola. Dias antes da sua partida,terminada a missão, o entrevistamos para falar da sua experiência angolana. De forma descontraída e longe dos protocolos que o cargo de embaixador impõe…

SENHOR EMBAIXADOR, COMO O TEMPO PASSA, NÃO É VERDADE?

Sim. Encerrei o meu mandato de quatro anos. Cheguei em Setembro de 2019, praticamente seis meses antes do início da crise da Covid-19, porque a partir de Março de 2020 tivemos uma situação totalmente diferente. Lembro-me muito bem que a última actividade cultural que organizámos com as embaixadas foi a “Noite dos Sabores” no Palácio de Ferro. Dias depois, o Governo decidiu parar as actvidades culturais e o convívio com as pessoas. Atravessamos esse período e depois a vida voltou ao normal. Parto de Angola com uma palavra que gosto de usar: respeito. Porque tenho muito respeito pela História deste país, que é monumental e incrível. Reafirmo, a palavra respeito é muito importante porque cada semana encontrava mulheres e homens angolanos e o que mais me impressionava era o respeito, quer em cerimónias oficiais, quer muitas vezes fora delas.

 
NA PRIMEIRA ENTREVISTA QUE CONCEDEU AO JORNAL DE ANGOLA PERGUNTAMOS O QUE ESPERAVA ENCONTRAR EM ANGOLA. HOJE, DE MALAS FEITAS PARA DEIXAR O PAÍS, A QUESTÃO É: O QUE NÃO ESPERAVA ENCONTRAR EM ANGOLA?

Primeiro, o facto de falar português antes de cá chegar foi um grande privilégio. Estive durante quatro anos no Brasil e foi fácil. Eu preferia fazer as minhas reuniões oficiais com ministros e outras entidades em português, mesmo sabendo que as pessoas falavam francês e inglês, porque também é um princípio reconhecer a soberania nacional. Agora posso responder. Das coisas que me surpreenderam… encontrei um país bem organizado e estruturado. (…) O exemplo foi durante a crise da Covid-19. Aqui as leis eram muito respeitadas e às vezes melhor que na Europa. Gostei muito desta particularidade africana e latina, não direi europeia no caso de Angola, porque não é correcto. Aqui trabalhei num país em África, mas que tem uma forte identidade latina na música, dança e na gastronomia. Tem pratos que encontro em Angola e no Brasil, mas não é possível no Congo. Outro aspecto é a dignidade. Isto surpreendeu-me pela positiva. Mesmo pessoas com poucas posses, mas que mantêm a dignidade e querem avançar na vida. Como disse na primeira entrevista, a palavra “obrigado” está sempre na boca. Achei também interessante a força da mulher angolana na sociedade, na vice-presidência, ministras, polícias, as zungueiras… É incrível a promoção e respeito dos géneros, com a liberdade de escolher, que é algo muito positivo em relação a muitos países até mais desenvolvidos. Também por ser um país com grandes recursos minerais que tem uma pobreza alarmante, não digo que no meu país não existam pobres, eu pensei que encontraria uma forte classe média, mas aqui tem os extremos: pessoas muito ricas e outras muito pobres…


NESTES QUATRO ANOS QUAIS FORAM OS LOCAIS QUE MAIS APRECIOU?

Eu gosto das cidades do Huambo e do Lubango. A Huíla acho que se apresenta bem em termos de organização e tem uma boa base para fazer turismo. Eu estive lá quatro vezes. Gostei do deserto do Namibe. Em Luanda, gostava muito de ir aos concertos. Adoro o Palácio de Ferro, que é sempre um lugar muito lindo. Olha, também gostaria de mencionar os eventos de um amigo, o Rui Lopes, estilista que faz moda acessível para todos, ele organiza desfiles para vários públicos. Pode ser mesmo na rua, com modelos não profissionais para mostrar que moda não é exclusiva para pessoas que têm recursos e também se apresenta nos hotéis mais exclusivos da cidade. Não vou esquecer algumas galerias de arte que visitei e que, para mim, são lugares que me deram o privilégio de comprar obras de artistas angolanos. Posso mencionar o Espaço Luanda Arte, Jahmek e Movart, que trabalham com jovens artistas, e os museus.


À “DESCOBERTA” DA ARTE E CULTURA ANGOLANA

ESTAMOS A CAMINHAR NO CAMPO ONDE PRETENDÍAMOS CHEGAR, A ARTE E A CULTURA…

É verdade, amigo, aliás foi aí que nos conhecemos e vamos falar de três campos: música, artes visuais e tradições do país. Também fiquei apaixonado por descobrir esta particularidade.


FALE DA SENSAÇÃO DE TER VISTO OS KIEZOS NO MARÇAL?

Incrível, um ambiente diferente e muito angolano. Antes de ter ido ao espectáculo no Kuimbila ni Kukina Semba assisti a um documentário e fiquei encantado com a história do grupo. Penso que nós, diplomatas, quando chegamos a um país precisamos de um pouco de tempo para sabermos quem é quem e vocês ajudaram-me a conhecer alguns nomes. Lembro a primeira vez que assisti ao concerto de Filipe Mukenga, foi uma grande descoberta. Aprendi que nós, embaixadas e parceiros internacionais, podemos convidar músicos e iniciativas dos nossos países no campo cultural, mas há uma condição: é sempre importante criar um diálogo com os artistas do país e integrar as nossas iniciativas ao mundo cultural que existe aqui.

 
FOI NOTÁVEL NO JAZZ. LEVOU MÚSICOS BELGAS PARA O CAZENGA E TRABALHOU MUITO COM O ANGOJAZZ…

Este foi o exemplo mais evidente, o sector do Jazz, porque é uma música que deixa integrar e abre portas para influências de outros ritmos, pode ser da Rumba do Congo, da música angolana e de outros estilos. Depois, com toda a modéstia, há um elemento belga presente que é o saxofone, uma invenção nossa que é muito importante no Jazz. Eu utilizei os países francófonos para tomarmos algumas iniciativas. E uma das mais impressionantes, para mim, foram os concertos no Cazenga. Lembro muito bem que algumas pessoas desaconcelharam-me, dizendo que era melhor realizar numa sala sofisticada ou num grande hotel, porque a população não iria entender. Mas, pelo contrário, foi um grande evento. Tenho de reconhecer que o administrador do Cazenga, Tomás Bica, que é um grande amigo, também se empenhou e decidiu que o grupo que veio da Bélgica para tocar na festa da Francofonia se juntasse aos músicos angolanos. E para mim, realmente, foi a primeira vez que encontrei grandes nomes da música nacional: Massano Júnior, Santocas, Santos Júnior e Filipe Mukenga, que, depois, assisti a vários concertos deles.


PRIMEIRO O FESTIVAL DE JAZZ NO CAZENGA E ANOS DEPOIS O ANGOJAZZ…

Exactamente. Neste projecto, encontrei jovens talentosos. Falo do Angojazz. Eu fiquei impressionado pelo nível de criatividade dos músicos desta formação, comandados pelo Dimbo Makiesse, um excelente músico que ao mesmo tempo deixa espaço para os jovens que começaram agora a criar espaços, o que é muito lindo. Falo do Dimbo mas também há a Diana Cabango, que é uma cantora com um talento impressionante. Por isso, na última edição do mês da Francofonia, decidimos trabalhar com angolanos e convidá-los a pegarem elementos da música belga. O Jazz é a maneira fácil de integrar influências de vários países.

 
DEFENDE O INTERCÂMBIO?

Sim, é importante o diálogo. Olha, a nossa Embaixada nunca teve a arrogância de dizer que vamos mostrar em Angola os nossos talentos. Optamos por conhecer e ver como podíamos combinar com o angolano. É uma fórmula muito boa, porque é uma cooperação, uma troca entre músicos angolanos e belgas, e que eu gostei muito. Também aconteceu fora de mim, entre o Dimbo e o Julien Hucq. Mas a Embaixada nem sempre precisa de organizar tudo, apenas de participar e abrir a porta para iniciativas e aqui, nesta, abraçamos algumas, principalmente no campo cultural.

 
E ESTAS INICIATIVAS CONTINUARÃO?

A partir da Bélgica farei os possíveis, mas como actor privado, porque nesta altura teremos um outro embaixador, um óptimo colega. Ele vai tomar também outras e boas iniciativas. Pessoas como o Dimbo já pediram para que possa apoiar de forma a trazer de volta o Nicolas Kummert Trio.

OUTRAS ACTIVIDADES…

No Bailundo, tive a oportunidade de ver o grupo tradicional Katyavala. Chegámos praticamente dias depois do falecimento da chefe, mas sinceramente, fiquei maravilhado com aquelas mulheres, que tocam e dançam ao mais alto nível. Com muita sincronia, até parecem profissionais, e com muita dignidade. É um grupo que precisa da nossa atenção.  Acompanhei muitas actividades. Há uma que é o Jazz in Concerts, de que vale a pena também falar. Eu conheço o seu produtor, Adriano Guimarães, que me explicou que não é fácil fazer concertos como este, mas a paixão o mantém.

 
PARECE QUE APROVEITOU MUITO BEM…

Agora, paro e vejo que o tempo passa rapidamente e houve vários concertos em que não pude participar por conta da agenda e viagens. Quatro anos parece muito, mas não é bem assim. E depois tivemos a Covid-19, que fez parar muitas actividades. Recordo que depois, muitas vezes, assistia aos concertos, cansado do dia de trabalho, e aqui nunca acontecem à hora marcada, mas quando começam ficava mais relaxado e feliz ao som destes artistas simples, nada de estrelas. Quando tocam eu digo “é talento, terei saudades disto”. Encontrei pessoas como o Ministro da Cultura, Dr. Filipe Zau, que também é músico e apaixonado pelo Jazz, que me proporcionou um dos momentos mais lindos quando me confidenciou que era fã do belga Toots Thielemans. Para mim foi um sonho, o facto de o responsável da Cultura de Angola gostar de um músico do meu país.


“NÃO PODEMOS VER ÁFRICA APENAS ATRAVÉS DOS OBJECTOS TRADICIONAIS”

COMO ACONTECEU O SEU INTERESSE PELAS ARTES VISUAIS ANGOLANAS?

Antes de chegar cá visitei duas exposições na Bélgica com arte angolana. Uma foi de Kiluanje kya Henda e outra no Palácio de Belas Artes de Bruxelas, um grande evento organizado pela Fundação Sindika Dokolo. Ainda me lembro do discurso do Sindika, com uma filosofia muito boa, que dizia que não podemos ver África apenas através dos objectos tradicionais, também valorizar a cultura contemporânea que nos mostra artistas com um nível internacional. Foi uma promoção interessante, porque aconteceu no templo mais importante e virtuoso da Bélgica. Ainda no meu país, três semanas antes de chegar a Luanda, aconteceu algo muito especial, assisti à projecção do filme “Mais um dia de vida”, baseado no livro do polaco Ryszard Kapuscinski. Lembro que na sala havia centenas de pessoas e fiquei surpreendido com o público belga  interessado neste filme, que abordava uma época passada relacionada com o período da independência de Angola, um país não tão conhecido porque lá assim é o Congo.

 
EM ANGOLA ACTUOU NESTE SECTOR?

Atendendo ao contexto da pandemia, começamos com actividades virtuais. Desta forma, na Bienal participamos com documentários belgas que foram integrados nos programas das redes de mediatecas públicas. Foram cinco sobre o colonialismo e o pós-colonialismo, dois deles foram matéria de debates e colocamos na programação da Bienal da Cultura da Paz. Tentamos fazer alguma coisa no campo cultural, mas no sentido virtual.

 
FALE DO CAMPO DAS ARTES VISUAIS, COM EXPOSIÇÕES NO MUSEU DE ANTROPOLOGIA E NO APOIO A ARTISTAS JOVENS…

Olha, Kristof Degrauwe foi a pessoa focal na organização de duas iniciativas com jovens angolanos como o Jamil Parasol, um grande artista e amigo, o Gato Preto, Samu Artes e outros. A ideia foi muito boa. Nós vimos o Museu de Antropologia como um acervo histórico muito importante, mas que também precisava de tomar iniciativas. Ou seja, organizar eventos para fazer viver o museu e trazer um novo público jovem que não conhece e talvez não saiba muito sobre as máscaras antigas.

 
COMO PROCEDERAM?

Com a autorização do director, o Kristoff e os jovens colegas angolanos receberam e  renovaram uma ala do museu para integrar arte contemporânea e apresentar objectos tradicionais num contexto moderno. Isto foi um pouco do que fizemos com o Royal Africa Museum, em Tervuren, perto de Bruxelas, que era um museu pós-colonial bloqueado na história do passado e na visão antiga de África, que via como um continente exótico. Tudo isso criou na Bélgica um debate forte, com os conservadores a apelarem para ficar como estava e pessoas da diáspora africana dizendo que precisava de mudar.


MAS AQUI NÃO ESTAMOS NA EUROPA. COMO FOI FEITO?

Fizemos a mesma coisa, mas de modo diferente, porque vivemos num país africano. Mas precisamos de renovar e viver um novo processo. Acho que foi algo incrível e muito positivo. Outro lado interessante é que muitos desses jovens artistas antes não conheciam o museu e passaram a ter autorização para fazer murais e conhecer melhor os objectos que antes consideravam assustadores. Estou muito feliz por o Kristoff, como belga e apaixonado pela arte, ter recebido autorizaçao para fazer isto e convidar os seus colegas angolanos contemporâneos.

 
JOZEF TAMBÉM TRABALHOU COM AUTORIDADES TRADICIONAIS…

Sim, mas as prioridades foram sempre as autoridades governamentais e empresas. Claro que tive contacto com líderes tradicionais e fiquei impressionado por encontrar reis jovens. Eles estão a criar uma ligação ao passado, a história e a cultura, às vezes um pouco esquecida, e ao modernismo ao mesmo tempo. Falo do Rei do Bailundo, dos Ovimbundu, um povo muito importante em Angola, e do Rei Cokwe. Conheci uma parte da história deste povo, que está em Angola, Zâmbia e RDC, trabalhei na zona onde vivem no Congo. Os dois são jovens autoridades tradicionais com ideias boas, eles falaram-me muito das preocupações com o seu povo e dizem que a função deles é a de traduzir as mensagens ao nível nacional e têm uma filosofia muito forte. Fiquei impressionado pela cerimónia que o Rei do Bailundo organizou quando fomos ao Huambo. Em uma hora, contou a história toda do seu povo. Ele é um homem muito moderno e ao mesmo tempo tradicional. Para mim, foi interessante, porque Angola não perde este conhecimento da cultura e eles estão apostados em informar as gentes dos centros urbanos. É uma forma de promover o tradicionalismo no mundo moderno, para tomar das raízes as coisas positivas e ajudar os povos, dizendo “sim, somos angolanos, falamos português, mas também temos uma cultura tradicional e história com música e dança”.


“FOI UM GRANDE PRIVILÉGIO  ESTAR EM ANGOLA”

É UM HOMEMDE MUITAS VIAGENS…

Visitei quase todas as províncias. É este privilégio que nós diplomatas temos, de sermos bem recebidos e de poder participar em algumas cerimónias. Apenas não fui ao Cunene e ao Bié, onde um belga tem uma fazenda e convidou-me a lá ir.


UM BELGA A VIVER NO INTERIOR?

… E é importante que saiba que o Cristiano, este amigo belga, não vive na cidade do Cuito, ele está mais para o lado do Cuando Cubango. Vou dizer o seguinte: na nossa página, partilhámos histórias de belgas que residem no interior do país e fico feliz com estes compatriotas, que estão no Bengo, Cuanza- Sul, Huíla e noutros pontos de Angola. Nós temos uma história um pouco parecida com a de Portugal. A presença colonial em África, com todos os aspectos negativos e positivos. Por isso existem muitos belgas que estão à vontade neste país, tanto que temos casamentos mistos e famílias belgas com raízes angolanas. Por isso estou feliz em anunciar para Outubro a chegada de uma delegação de jovens belgas com raízes angolanas, que, pela primeira vez, visitarão o país. É uma iniciativa da diáspora angolana. Muitos deles são filhos de angolanos que saíram no contexto da guerra e agora querem conhecer a terra dos seus pais.

 
UM OLHAR RETROSPECTIVO JUNTO DOS COLEGAS E DOS ANGOLANOS…

Foram vários eventos entre o corpo diplomático. Chamo à embaixadora de Moçambique minha irmã, porque entregamos as cartas credenciais no mesmo dia. Eu sempre gosto de desaparecer do circuito diplomático e ser o Jozef, o homem que tem uma paixão por tudo que acontece no mundo. Aprecio também a postura dos angolanos, que, apesar de reconhecerem o embaixador, não o incomodam e respeitam quando queremos estar no anonimato e ter o privilégio de estar em diferentes ambientes. Para mim, uma festa da Embaixada será boa quando entre os convidados encontrarmos colegas diplomatas mas também um outro grupo de pessoas, a sociedade civil, porque  é importante criar ligações.

QUAIS SÃO OS DESEJOS QUE TEM?

Que as duas embaixadas promovam mais os nossos países. Eu deixo o seguinte conselho aos meus colegas: falem a língua e saíam o mais regularmente possível do circuito diplomático.

 
DEPOIS DE ANGOLA QUAL SERÁ A SUA PRÓXIMA MISSÃO?

Entrei com 32 anos na carreira diplomática, onde fiz 35 anos. Agora, em Bruxelas, uma cidade muito internacional e com uma proximidade com África, engajar-me-ei em várias iniciativas no mundo cultural e social. Temos muitas coisas por fazer com a entrada de refugiados de vários países do mundo, então, voltarei à minha actividade de antes de estar na carreira diplomática, como activista, quer dizer, de forma mais concreta. Mas na diplomacia paro. Continuarei a observar a evolução do povo de Angola, e, como felizmente muitos vão a Portugal, lá irei para rever alguns amigos.

 
QUE  MENSAGEM DEIXA AO POVO ANGOLANO?

Digo que foi um privilégio trabalhar, viver e acompanhar este povo maravilhoso. Tenho muita esperança positiva neste país, que enfrenta grandes desafios mas tem uma base sólida. Repito: admiro a dignidade deste povo. Deixo um abraço àquelas pessoas simples que conheci e que não são da elite, a todos que lutam para que os seus filhos estudem para fazerem avançar o país. Também agradeço ao Jornal de Angola pelas duas entrevistas que fiz, afastadas do formalismo da diplomacia. Parto deste país com saudade, foi um grande privilégio ter estado aqui.

PERFIL

JOZEF SMETZ 

tem uma grande paixão por História, Arte, Cultura e, particularmente, por África. Exerceu o cargo de embaixador do Reino da Bélgica em Angola desde Setembro de 2019 até 28 de Junho deste ano.  Antes passou pelo Brasil, Burundi e Nigéria. Foi cônsul-geral na RDC e, também, director para África do Ministério das Relações Exteriores do Reino da Bélgica. Há 30 anos na carreira diplomática, é formado em História, Línguas Orientais e Ciências da Comunicação.

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