A Administração do Mercado Informal da Vidrul encerrou várias bancadas de vendedeiras sem qualquer aviso prévio, gerando grande indignação entre as comerciantes. As trabalhadoras, que exercem atividades de comércio geral no município do Sequele, comuna do Kifangondo, afirmam que foram surpreendidas ao encontrarem as suas bancadas seladas pelos técnicos da fiscalização. Segundo as vendedeiras, a medida foi tomada de forma arbitrária e sem uma explicação clara, deixando dezenas de famílias sem fonte de rendimento.

Uma das comerciantes, que preferiu não se identificar, contou ao Portal Vidrul Angola que trabalha no local há cerca de dez meses e paga diariamente 600 kwanzas pela ocupação de um espaço de apenas um metro, além de 200 kwanzas destinados à limpeza. Ela denunciou ainda a existência de desigualdades nos pagamentos, referindo que há colegas com espaços maiores que pagam valores inferiores. A vendedora relatou que, no mês anterior, a administração havia sinalizado as ruas do mercado para reorganizar as áreas comerciais, medida que inicialmente foi bem recebida, mas que acabou culminando com o fecho inesperado das bancadas.

Diante da situação, as vendedeiras pedem a intervenção do administrador municipal do comércio para que o caso seja revisto e que haja justiça. Elas solicitam, igualmente, a redução das taxas diárias, consideradas excessivas, e exigem mais transparência por parte da administração do mercado. A equipa de reportagem do Portal Vidrul Angola tentou ouvir a versão da administração, mas não obteve resposta.