A fuga a justiça dos filhos do ex-presidente e ditador angolano José Eduardo dos Santos, até chegar o ponto dos mesmos não assistirem as exéquias fúnebres do seu progenitor, que sirva de lição dos governantes angolanos que envolvem os filhos no roubo do erário público

ANA MENDES

Isabel dos Santos e Tchizé dos Santos, figuras politicamente expostas vivem foragidas da justiça angolana desde a saída de seu pai da presidência angolana em 2017, em que João Lourenço tomou posse como chefe de Estado.

A pior humilhação que os filhos de JES vão passar é a transladação dos restos mortais do seu pai para Angola e não assistirem o funeral do seu progenitor que tudo fez para serem as pessoas que hoje eles são, disse o cidadão Paulo Sebastião ao Jornal Hora H.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as filhas de José Eduardo dos Santos estão envolvidas em vários crimes, entre eles peculato, corrupção, branqueamento de capitais, fuga ao fisco e tantos outros.

Segundo algumas vozes da sociedade civil, a suposta perseguição do governo angolano liderado por João Lourenço, contra os filhos de Eduardo dos Santos que sirva de lição aos filhos dos governantes angolanos que estão no actual governo, para evitar acusações descabidas depois do fim do mandato dos seus pais.

As velhas práticas de roubo ao erário público não pararam, só mudaram os métodos de pilhagem aos fundos do estado e, um dos meios em que os dinheiros estão a ser desviados é o PIIM.

“O que mudou é que João Lourenço, afastou a elite de ricos de José Eduardo dos Santos e está a criar os seus ricos para dar suporte as suas actividades partidárias e os seus interesses pessoais” disse a fonte do Jornal Hora H.

Hoje temos as empresas de amigos, familiares e onde os dirigentes são sócios como a OMATAPALO, CARRINHOS, LABUTA e tantas outras que hoje no governo de João Lourenço ocuparam o império económico do governo angolano.

O fim do governo de João Manuel Gonçalves Lourenço, pode ser pior que do ex-ditador angolano José Eduardo dos Santos, porque a insatisfação dos membros do MPLA, da sociedade civil, da oposição e dos líderes do actual governo é notório até a olhos nus.