SOBRE A PROBIDADE PÚBLICA EU MINISTRO, GOVERNADOR SEJA LÁ O QUE FOR, A MINHA FAMÍLIA NÃO SOFRE – OSVALDO TCHINGOMBE
Concordo com o Doutor Sebastião Vinte Cinco quando disse a pouco no Debate Livre na Tv Zimbo que ao invés de estarmos com a Lei da probidade pública, devíamos criar uma lei ao contrário para evitar o que se assiste hoje na Administração Pública, isto é, devia criar-se uma lei em que quando um Indivíduo fosse nomeado seja para qual cargo for, ter direito a indicar ou integrar na função pública dois ou três dos seus familiares de forma automática.
Na verdade uma lei desta seria mais real e verdadeira ao nosso contexto ao passo que a Lei da Probidade Pública para o nosso contexto não funciona e é ilusória, na medida em que culturalmente falando em África a Mobilidade Social de um parente pressupõe a oportunidade da melhoria das condições de vida de uma família, é só vermos naquelas famílias em que há alguém com posse como é constantemente lhe colocado as preocupações de todos e de tudo de uma família, portanto, honestamente falando, impedir um indivíduo que ascende a um cargo de ajudar a sua família é pura falácia, é pura utopia e é agir de má fé com a nossa cultura de apoio a família o que mais tiver posse. E muitas de nós só criticamos quando um governante coloca um seu familiar na Administração Pública porque não somos nós a nos beneficiar porque se fôssemos estaríamos calados.
A Probidade Pública é uma norma como todas as outras importadas de Portugal que não representam as aspirações, sentimentos e vontade da Cultura Africana em particular Angolana. Mais uma vez reitero, o nosso ordenamento jurídico precisa ser revisto e anulado se possível.
= Osvaldo Tchingombe = Sociólogo Independente & Comunicador/Analista Político…”Salúte”…