JÁ INAUGURADO: NÓ RODOVIÁRIO DO TALATONA GARANTE ACESSO MAIS RÁPIDO AO CENTRO DA CIDADE

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Luanda – O Nó Rodoviário de Talatona na rua Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, localizado entre a UGP e a bomba de combustível do Mirantes, imediações do Futungo, está aberto aos automobilistas, desde Domingo , após inauguração pelo ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.

A reformulação do Nó, avaliada em 55 milhões de dólares, garante o acesso mais rápido ao centro da cidade, contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento da economia e um ambiente mais saudável, realçou, na ocasião o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território.

Em termos arquitectónicos, o Nó, cujas obras iniciaram em Setembro de 2018, tem uma projecção virada para o futuro, uma vez que o arranjo de engenharia, além da mobilidade e o desenvolvimento do sul de Luanda, através do encurtamento de distâncias, diminui a poluição sonora, ambiental e reduz a pegada de carbono.

De acordo com o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território,  Manuel Tavares, a reformulação do Nó de ligação Samba/Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem  “Loy” é uma obra alinhada com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, referente à mobilidade urbana, sendo a 21ª estrutura de desnivelamento viário, das 41 previstas para a capital do país.

Depois de percorrerem o perímetro, Manuel Tavares referiu  que o “Nó de ligação” é uma obra com características de engenharia muito especiais onde foram implantadas mais de 800 estacas de contenção de terra, que permitiram fazer os túneis.

A sua execução, disse, se enquadra no Plano de Obras Especiais da Província de  Luanda (PEOPL). Assim, no quadro da mobilidade rodoviária, o Nó é dos mais importantes, por permitir o acesso mais rápido à cidade de funcionários, e empresários e população em geral.

O Nó Rodoviário de Talatona Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy” é uma obra de engenharia inovadora feita no país, que  desperta um caminho importante a seguir quanto à realização de mais projectos a este nível, com vista a colocar o nome de Angola no patamar de países com infra-estruturas rodoviárias de alto nível.

“Tivemos muitos constrangimentos de ordem administrativa, como na questão do financiamento, a sua operacionalização e registámos, por isso, algumas paralisações”, enfatizou o ministro Manuel Tavares. Acrescentou que a construção da obra está em consonância com as normas da SADC, sobre o cruzamento das vias estruturantes das cidades, e responde, também, às recomendações da Nova Agenda Urbana adoptada pelos países membros da UN-HABITAT (Comissão para os Assentamentos Humanos das Nações Unidas), no que diz respeito à melhoria da qualidade de vida das populações, para tornar as cidades ambientalmente sustentáveis  e resilientes.

“Luanda é a capital política e económica de Angola, e ainda vive sérios  problemas de circulação rodoviária”, disse o ministro, tendo sublinhado que têm sido gizados “projectos importantes para mitigar a situação actual e perspectivar uma realidade diferente, que possa colocar a nossa capital ao nível das grandes cidades de referência dos países africanos”.

Do ponto de vista dos direitos humanos, frisou, a construção de estruturas desniveladas nas vias rodoviárias visam assegurar um trânsito mais seguro e oferecer maior segurança a automobilistas e peões.


FUTURA MARGINAL DA CORIMBA VAI PERMITIR ACESSO RÁPIDO À CIDADE

Para o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, o novo “Nó Rodoviário”,  juntamente com o viaduto da Samba e a futura Marginal da Corimba, vão permitir, igualmente, o acesso mais rápido ao centro “político e económico” do país.

Neste sentido, adiantou, estão previstas no âmbito do projecto Marginal da Corimba, a construção de mais três viadutos, nomeadamente o da Samba, da Cuca, no Cazenga, da Estalagem em Viana, bem como as marginais do Rio Cambamba.

Além da necessidade da construção de mais viadutos e nós rodoviários, prosseguiu, é imperioso a construção da segunda circular de Luanda para desviar o trânsito entre Ramiros e Kifangondo, de modo a se evitar que o trânsito inter-provincial passe para dentro das zonas urbanas, garantindo, com esta medida, acesso mais rápido ao novo Aeroporto Internacional de Luanda Dr. António Agostinho Neto.

O ministro Manuel Tavares referiu que, complementada esta estratégia, já se faz sentir, também, a necessidade da duplicação das ligações rodoviárias Cabolombo/Barra do Cuanza e Kifangondo/Caxito, bem como a construção de pontes duplas em Kifangondo e Panguila, para que o acesso e a saída da capital sejam feitos sem constrangimentos. “Assim, estaremos a criar condições concretas para o crescimento da economia nacional e a melhorar a vida das populações, no que toca ao transporte de pessoas e bens”.

Manuel Tavares disse que os constrangimentos da mobilidade retardam o desenvolvimento e as actividades económicas ficam retraídas.

Por seu turno, a governadora de Luanda, Ana Paula de Carvalho, disse que a expectativa, com o anúncio da construção de viadutos e nós rodoviários, é enorme, tendo em conta o número elevado da população, nesse momento estimada em 10 milhões de habitantes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Nó ora inaugurado, reconheceu a governadora, vai melhorar substancialmente o tráfego, principalmente para o município de Talatona, Luanda, Kilamba Kiaxi e Belas. “Teremos uma melhoria, não só na qualidade ambiental, como na circulação automóvel, cujo quadro estava a afectar os munícipes”, realçou a governadora de Luanda. Participaram da cerimónia os ministros da Administração do Território, Marcy Lopes, das Finanças, Vera Daves, e da Energia e Águas, João Baptista Borges.

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