LÍDER DO PARTIDO LIBERAL REPUDIA DECLARAÇÕES INCENDIÁRIAS DO COMANDANTE-GERAL FRANCISCO RIBAS

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Em nota de indignação e esperança por justiça, o presidente do Partido Liberal, Luís de Castro, repudiou, na quinta-feira, 31, à declaração recente do Comandante-Geral da Polícia Nacional (PN), Francisco Monteiro Ribas da Silva, em que afirmou haver “proporcionalidade de meios” na actuação policial que resultou na morte de uma cidadã em circunstâncias amplamente questionáveis.

FRANCISCO MWANA ÚTA

“Não se constrói segurança pública à custa da desumanização, da arrogância institucional ou da cegueira moral”, disse o político.

É, para Luís de Castro, absolutamente inaceitável, para qualquer consciência ética e juridicamente esclarecida, que se tente justificar uma acção letal contra uma pessoa desarmada, de costas voltadas para os agentes, colocando-se em fuga conforme evidencia o vídeo amplamente divulgado. Tais imagens falam por si mesmas e tornam insustentável qualquer narrativa que busque encobrir o uso abusivo da força.

Por isso, o político não acredita que, diante de provas tão claras, o Comandante-Geral da PN ainda tente impor à opinião pública uma versão que contradiz frontalmente os princípios elementares da legalidade, da razoabilidade e da dignidade humana.

“As instituições do Estado existem para proteger os cidadãos, e não para lhes ceifar a vida com base em julgamentos sumários e acções desproporcionais”, reforçou.

Conforme o líder partidário, os cargos de comando não devem servir de escudo para a impunidade, tampouco para a negação da realidade. “Espera-se das autoridades uma postura de responsabilidade, sensatez e compromisso com a verdade especialmente em casos tão graves, que envolvem a perda irreparável de uma vida humana”.

Por respeito à memória da vítima, à dor dos seus familiares e à integridade da sociedade, recomenda que esse episódio seja tratado com a seriedade e transparência que se exige em um Estado de Direito.

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