ESTUDANTES DE DIREITO COAGIDOS AO AUTOCENSURA PARA NÃO ARRISCAREM FUTUROS EMPREGOS NO GOVERNO

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Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto (UAN) não opinam em matérias de âmbito político e jurídico para não porem em causa os futuros cargos no aparelho do governo do MPLA.

REDACÇÃO HORA H

A informação foi apurada pela equipa do Jornal Hora H, na semana finda, quando tenta colher opiniões destes na ordem dos desdobramentos do indulto presidencial o qual José Filomeno dos Santos “Zenu” terá negado à acção do Presidente João Lourenço.

Os estudantes confessaram que sofrem uma espécie de monitoramento por parte da instituição para os influenciar à autocensura quando se trata de matérias que beliscam o partido-governo. Para que a causa funcione, chantageiam-nos com a perda dos possíveis futuros empregos na função pública.

“Nós somos monitorados pela instituição. Tudo que falamos pode ser usado, negativamente, contra nós, pondo em risco nosso futuro. Para quem almeja ascender a cargos de elite no governo não é conveniente que comente assuntos do género, assim nos aconselham os professores. Por isso, sofremos uma espécie de autocensura”, disse um deles.

Contudo, os poucos que dão entrevista, só aceitam sob a condição de anonimato, pois, se for para se identificar, que seja alguém de costas largas.

Pelo que se apurou, os docentes têm exercido um papel preponderante para o silêncio e intimidação dos discentes. Porém, tal cenário não é admirável porque sabe-se que a maior parte dos professores da Faculdade de Direito da UAN é pertencente a classe de elite do partido MPLA, por isso, entende-se facilmente a motivação destes para com os seus estudantes.

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