CASA CE, ACTVISTAS CÍVICOS E SOCIEDADE CIVIL UNEM-SE A FPU PARA MARCHAR CONTRA A FOME E A POBREZA EM ANGOLA
Numa união com outras forças políticas na oposição, activistas cívicos e sociedade civil, a Frente Patriótica Unida (FPU), marchou neste sábado, 23, em Luanda, contra a fome, e demais situações sociais que afligem a sociedade angolana.
ANNA COSTA
O acto foi justificado com a necessidade de se exigir do governo medidas urgentes para combater a fome e a pobreza que afectam muitas famílias.
O protesto, organizado pela Frente Patriota Unida, decorreu de forma pacífica, sem registo de violência policial e teve como o ponto de partida o cemitério Santana com destino ao largo das Escolas, onde várias pessoas exibiram cartazes, assim como t-shirts com escritas de protesto pela fome, a pobreza e em prol da democracia.
Muata Sebastião, secretário-geral do Bloco Democrático, disse estar farto pelo meio -século de MPLA no poder”. Segundo ele, a tendência do governo, consiste em não dar ouvido às necessidades do povo, razão da sua participação na marcha de modo a juntar-se as outras vozes e fazer ecoar o grito de protesto.
Fortes aparatos polícias, totalmente armados, encontravam-sem em cada ponto das vias programadas para a marcha, e vezes sem contas, o secretário Provincial da Unita em Luanda, Adriano Sapinãla, dirigente do acto, apelou-se a não vandalização de bens públicos e o respeito às autoridades em serviço para o sucesso da mesma.
Sapinãla, considerou que o novo Ministro do Interior, Manuel Homem, tenha falhado “ redondamente” pelo número elevado de agentes da ordem na rua.
“ Hoje então foram já com bwé de polícias a pensar que haveria confusão; envergonhamos a ditadura e o seu órgão de repressão. Logo que vi estes dispositivos orientei a marcha seguir em outro sentido e os que vinham com gula de disparar granadas e tudo mais jatos de água já que os tais carros também estiveram lá, tiveram de regressar com tudo para as unidades.
Convosco vão mesmo andar a regressar com as vossas granadas porque vocês são nossos irmãos e também passam fome”, escreveu Sapinãla na sua rede social
A marcha foi encerrada por Alvaro Tchikwamanga, secretário-geral da UNITA que apelou a maior união entre o povo
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