MARCOLINO MOCO DIZ QUE NÃO SE JUNTOU AO “TRIO MALVADO, NANDÓ, MATROSS E HIGINO” PARA UM PROJECTO POLÍTICO

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O secretário-geral do MPLA, Marcolino Moco, diz que não se junto ao “trio malvado Natross, Higino e Nandó”, para qualquer projecto político, em concreto, de onde pudesse colher alguma benesse pessoal.

ANA MENDES

“Este é o apanágio de quem só pensa em bens materiais e posições cimeiras, num País com instituições tão arrasadas como elas estão”, diz  Marcolino Moco, quando respondia um militante do MPLA.

“O que fiz foi saudar a coragem do general Dino Matrosse, ao defender, desta vez, que se dê um passo em frente, dentro do MPLA, no concernente à concretização do princípio das multi-candidaturas, para a liderança do MPLA”, acrescentou frisando que, isso é muito diferente de apoiar projectos políticos concretos.

“Quanto a isso, as pessoas atentas, nem precisam que eu o diga: já que o modelo fechado e discriminatório estabelecido pelo “sistema”, não permite que eu próprio me candidate, para qualquer coisa útil, desta vez serei muito criterioso em apoiar candidatos, especialmente quando se chegar à fase da eleição do PR, que poderá ser do MPLA ou da oposição”, assinalou.

Segundo ele, o que interessa é que seja alguém que garanta, por A+B, que vai mobilizar o País, para se abolir o sistema de partido-estado que foi consagrado na constituição formal e real de Angola, depois da guerra civil, com consequências desastrosas.

“Alguém capaz de implementar de verdade, uma definitiva reconciliação nacional. Nesta fase da minha vida, já não me empolgo com vitórias partidárias ou individuais que não visem este objectivo”, referiu.

Por isso, de acordo com Marcolino Moco “hoje, acordou contente ao constatar que o velho amigo, jornalista Artur Queirós, criticou ferozmente o robot que se faz conhecer por o “Militante do MPLA”.

“O tal que depois de me destratar, apondo, cobardemente, a assinatura de “um amigo” conhecido, num dos seus aleivosos textos, faz um volte-face para me opor a Dino-Matrosse, para logo a seguir tentar baralhar os menos atentos com o levantamento de assuntos enterrados há muito”, referiu.

Para Moco “com franqueza, pensava que pudessem ser ainda da pena do velho amigo, o jornalista por antonomásia, a autoria destes textos”.

“Mas Queirós, meu irmão, para que haja essa verdadeira reconciliação, que deverá viabilizar o desenvolvimento do país e iluminar os horizontes para as gerações que nos substituem, desde 2002 que a UNITA já não pode ser considerada inimigo de vida e de morte do Estado Angolano”,  notou.

Na sua opinião, “assim como Agostinho Neto, Holden Roberto e Jonas Savimbi, com todos os seus erros humanos, nas condições em que conduziram as suas organizações políticas, contra a ocupação colonial, já não deveriam ser invocados para rebuscarmos ambientes tão passadistas quanto rememorativos de conflitos antigos, para atrapalhar o futuro”.

“Devemos considerar que ninguém deles só teve defeitos ou virtudes, se quisermos nascer para um novo dia, em Angola”, concluiu.

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