FUNCIONÁRIOS DA RÁDIO UÍGE ACUSAM ANTÓNIO MALUNGO E MAIS 4 PROFISSIONAIS DE TEREM DUPLA EFECTIVIDADE NA FUNÇÃO PUBLICA E PEDEM INTERVENÇÃO DA IGAE E O SIC

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O director da Rádio Uíge do grupo Rádio difusão Nacional de Angola, António Malungo, está a ser acusado de orientar os trabalhadores do órgão, a procurarem outros empregos, para poderem ter duplos salários e assim melhorarem a sua vida, tal como ele que é professor efectivo do Ministério da Educação colocado no Bungo

ANA MENDES

De acordo com a denúncia em posse do Jornal Hora H, António Malungo, fez estes pronunciamentos durante uma reunião, realizada na véspera do dia da Rádio Nacional de Angola, celebrado há 5 de Outubro de 2024, onde o director destacou a necessidade de se combater o espírito de inveja nos seio dos colegas, pelo facto de uns terem outros empregos, ou seja dupla efectividade no ministério da educação e na RNA.

Durante o encontro realizado na sala de reuniões da instituição, António Malungo instou aos presentes que, ninguém pode se sentir inconformado com os salários dos outros, porque uns nasceram com sorte para serem chefes e terem dinheiro.

Informações que chegaram à redacção do Jornal Hora H, dão conta que, António Malungo, é professor efectivo, colocado antes no município do Bungo, mas que provavelmente terá sido já transferido para a cidade do Uíge, em função ao actual cargo de director da Rádio Uíge, e também é colaborador nos Institutos Superior Privado Nzenzu Estrela e Politécnico Privado do Uíge, respectivamente, bem como, é o vice-presidente da mesa de assembleia da equipa Santa Rita de Cássia do Uige.

A fonte aponta que, a exortação deixou triste os trabalhadores, que alguns começam a perder o interesse de permanecerem na instituição por mais tempo, abrindo assim porta para que cada um decida por si, se quer perder mais tempo na Rádio Uíge ou ganhar mais tempo em um outro emprego para equilibrarem as suas vidas e assim manterem o duplo salário, tal como o gestor recomendou no encontro.

“A produção de matérias baixou consideravelmente, nota-se nos principais espaços de informação a falta de conteúdos, fruto de uma improdução bem visível e muitos trabalhadores despacham ou dão fintas as tarefas que lhes são atribuídas, porque vem novamente a tona a questão da falta constante de viatura para levar os repórteres, que muitas vezes vão as reportagens à pé”, lê-se na denúncia.

“ Cerca de 5 efectivos da Rádio Nacional de Angola no Uíge, são também efectivos no ministério da educação, com a categoria de professores, sendo 2 colocados no município de Sanza Pombo, 2 no Uíge e 1 no Bungo, este último, é o director António Malungo, e pedimos a intervenção dos órgão de justiça para por fim este esquema”.

Uma das fontes, disse ainda que, o director Malungo, foi mais além ao afirmar que, quem se sente que a Rádio paga mal, pode sair, porque não está a ser possível promover os trabalhadores, por alegada falta de dinheiro nas contas da Rádiodifusão Nacional de Angola, para pagar salários aos que esperam as promoções.

Esta situação segundo fez saber uma das fontes, está a provocar um mau clima no seio dos trabalhadores, que muitos já pensam em deixar a Rádio Uíge e emigrarem para outras províncias, no próximo ano de 2025.

Um dirigente com esse espírito, é um péssimo líder, lamentou um dos denunciante, que questiona, “se maior parte dos bons profissionais, entre editores, sonorizadores e repórteres, decidirem abandonar a Rádio Uíge, com quantos profissionais o director António Malungo”?

O Jornal Hora H, continua a receber várias denúncias sobre a actual gestão da Rádio Uíge, onde os denunciantes pedem a intervenção urgente do Conselho de Administração da Rádiodifusão Nacional de Angola-E.P., da IGAE, do Serviços de Investigação Criminal e do Ministério das Finanças para banir estes crimes de dupla efectividade.

No principio do contraditório, o Director da Rádio Uíge António Malungo, sempre que é contactado remete-se ao silêncio.

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