TENSÃO NO MPLA: JOÃO LOURENÇO CONVOCA HIGINO CARNEIRO

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Atribui-se ao Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço a intenção de estabelecer uma aproximação com o general Francisco Higino Lopes Carneiro, possivelmente para discutir questões de interesse comum, como as “candidaturas partidárias”.

De acordo com apurações, Lourenço já teria enviado um emissário com a referida mensagem, mas Higino Carneiro ainda não se deslocou ao Palácio Presidencial ou à sede do MPLA, locais onde o Chefe de Estado geralmente realiza suas reuniões com interlocutores.

A última vez que os dois políticos estiveram juntos foi em março deste ano, quando Carneiro foi convidado para participar da comemoração do aniversário do Chefe de Estado angolano, em Luanda, após um período de afastamento.

A especulação de que o tema a ser abordado esteja relacionado às candidaturas para a liderança do MPLA é a mais difundida, considerando que João Lourenço defende um congresso partidário ordinário com candidatura única. As intenções de Higino Carneiro de disputar a liderança do partido poderiam conflitar com a agenda de Lourenço.

Fernando da Piedade Dias dos Santos, outro importante membro do MPLA e que também teria pretensões de se candidatar à presidência do partido, teria sido igualmente convocado por Lourenço. Informações que circulam nos bastidores indicam que, ao final do encontro, “Nandó” teria presenteado Lourenço com um livro volumoso, que se presume ser uma bíblia.

Lourenço e “Nandó” tiveram uma relação de subordinação durante o período em que ambos trabalharam no parlamento, sendo que um ocupava a presidência e o outro a vice-presidência da instituição. A nível familiar, “Nandó” é primo da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, e ambos compartilham outros interesses comuns.

A ligação entre os dois também se estende ao âmbito empresarial. Até 2008, ambos haviam solicitado um terreno adjacente a uma fazenda de 5.200 hectares, localizada no município de Calandula, comuna de Cateto Cangola, na província de Malanje. No entanto, em 2016, um ano antes de Lourenço assumir o poder, a dupla perdeu o negócio para a exploração da fazenda, onde pretendiam desenvolver um projecto agrícola.

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