UNITA DOA MAIS DE 100 TONELADAS DE PRODUTOS DIVERSOS EM TODO O PAÍS, SÓ AS PROVÍNCIAS DO BIÉ E KUANZA SUL NÃO ACEITARAM A OFERTA

A UNITA dou durante as jornadas municipais realizadas de 08 a 12 de Abril corrente em todo o país, mais de 100 toneladas de produtos diversos, só as províncias do Bié e Kwanza Sul, não aceitaram as ofertas.

FRANCISCO MWANA ÚTA

“Sentimo-nos felizes por partilhar com algumas famílias, individual e colectivamente, mais de 100 toneladas de bens diversos, medicamentos, cobertores, vestuário, adubos, alimentos como farinha de milho, óleo alimentar, arroz, massa alimentar, sal e até água”, disse hoje em conferência de imprensa o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Líberty ChiyaKa.

Nesta conferência de imprensa, o deputado anunciou que o Grupo Parlamentar da UNITA vai segunda-feira, 22, entregar ao Parlamento, o Projecto de Lei Orgânica da Institucionalização das Autarquias Locais, depois de o documento ter passado em consultas pública.

Referiu que nas jornadas, os deputados se juntaram ao povo nas consultas para melhor perceber as preocupações das comunidades, tendo em vista as autarquias.

Segundo o deputado, nas províncias onde visitaram, constaram nas localidade, que a incapacidade das famílias em fazer face à crise actual, que deve-se essencialmente a três factores combinados, nomeadamente o ajustamento do preço real do kwanza face ao dólar e ao Euro, para não reduzir os rendimentos das grandes empresas importadoras, a diminuição dos subsídios à gasolina, para satisfazer às exigências do FMI e não ajustamento dos rendimentos dos trabalhadores angolanos aos efeitos perversos daquelas duas medidas no seu poder de compra.

“Constatámos que de um modo geral, os angolanos amadureceram e querem mesmo uma mudança de vida. É convicção geral que o sistema actual esgotou e já não tem conserto. Está além de qualquer reforma ou revisão. Angola precisa de um novo sistema de governação, uma nova economia, uma nova cultura de governação. Não encontramos ninguém, que defenda três mandatos para o exercício de um cargo executivo pelo mesmo cidadão! Ninguém quer isso”, acrescentou.

Lembrou que, a tentativa de homicídio frustrado, organizada por “milícias do regime” na província do Kuando Kubango, não reduziu em nada o balanço altamente positivo destas jornadas parlamentares.

“Entendemos que os fundamentalistas em causa são vítimas do sistema e do obscurantismo que ele constrói infelizmente para manter a grande maioria dos angolanos refém da pobreza e do neocolonialismo”, frisou.

Relativamente as autarquias lembrou que a Proposta de Lei para a Institucionalização das Autarquias, do Governo, deu entrada na Assembleia Nacional em 2017 e passados sete anos ainda não foi aprovada “porque falta vontade política”.

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