O Parque Nacional da Quiçama, que dispunha de apenas três (3) girafas, até poucos meses atrás, encontra-se hoje sem nenhum animal daquela espécie devido à falta de cerca na” zona de conservação especial para o safari” o que facilita a penetração dos caçadores furtivos naquela zona localizada no município de Quiçama em Luanda, até ao momento a Direcção do Instituto Nacional de Biodiversidades e Conservação (INBC) nada tem feito para salvaguardar a vida, não só dos animais, como também dos fiscais, denunciou ao Jornal Hora H uma fonte que preferiu o anonimato.

ANNA COSTA

Segundo a fonte, a falta de meios de transporte tem “dificultado muito” a patrulha naquela parque de 9.000 km², (nove mil kilómetros ao quadrado), fazendo com que a caça se intensifica, apesar de os efectivos fiscais “tudo tentarem fazer” para minimizar o caso. A fonte conta ainda que maior parte das Girafas foram mortas por caçadores furtivos e que as duas últimas desapareceram do parque, e nem com apoio de meio aéreo foi possível localizá-las.

“ Uma das maiores dificuldades no Parque Nacional da Quiçama está na falta de meios rolantes, armas e munições, porque os caçadores disparam mesmo para matar, todas as Girafas foram mortas e outras duas desapareceram, mesmo com o apoio da força aérea que percorreu toda a superfície para observá-las não foi possível encontrar nenhuma Girafa.”, disse a fonte ao Jornal Hora

Os efectivos divididos em 6 grupos, compostos por 34 fiscais a cada, trabalham por turno e a fonte disse que tem sido impossível alcançar os objectivos diários das tarefas de fiscalização, atendendo o limite de patrulha que é de 4 horas diárias.

“ As viaturas que tem no Parque da Quiçama estão todas avariadas e conta-se apenas com duas, uma que é de apoio ao Sr. Administrador e outra que atende as necessidades, como o abastecimento de água, gás e outras situações, e tendo em conta o número de postos, com uma distância de aproximadamente  80 kilometros,  uma viatura não consegue percorrer a todos os postos por falta de combustível, que tem apenas um abastecimento de menos de 50 mil mensal”, disse.

O Jornal Hora H contactou, sem sucesso, o recente Administrador do Parque Nacional da Quiçama, Sr. Bimba., assim como contactou a Chefe dos Recursos Humanos da Direcção Nacional de Biodiversidades e Conservação, Maria da Silva, que informou não poder falar por estar na sala de embarque pronto para uma viagem.