A Internacional Democrata Centrista (IDC-CDI), organização política internacional da qual é parte integrante a UNITA, olha com “muita preocupação” a intenção do Presidente da República, João Lourenço, em alterar a Constituição para impor “ilegalmente” o terceiro mandato.

ANA MENDES

Reunida em Assembleia Geral, em Marrakech, Marrocos, de 13 a 16 deste mês, a instituição mostrou-se “muito preocupada”, com a regressão da qualidade da democracia em Angola.

A Internacional Democrata Centrista, observa ainda o fato de que o controle e a manipulação do poder judiciário são uma prática comum em Angola, por isso, recomenda ao Governo angolano e às instituições ligadas à ele o respeito escrupuloso do Estado de Direito, o respeito pelos direitos humanos e promover a transparência na gestão dos assuntos públicos.

A instituição reafirma a necessidade da criação urgente do Observatório Eleitoral IDC-CDI, para ajudar a monitorar e promover eleições livres, democráticas e transparentes.

Reafirma a necessidade de os partidos membros exercerem influência nos seus parlamentos democráticos, para uma legislação que pune governos que recorrem à golpes constitucionais em todo o mundo para permanecer no poder.

A UNITA é membro de pleno direito da Internacional Democrática de Centro e ocupa uma das vice-presidências.

A IDC foi fundada em 1961 e integra cerca de 100 partidos de todos continentes.