PROMESSAS ELEITORAIS NÃO CUMPRIDAS DO EXECUTIVO DO MPLA “INVIABILIZAM” RECRUTAMENTO DE NOVOS MILITANTES

O incumprimento das promessas eleitorais por parte do Executivo do MPLA e desorganização dos partidos políticos da oposição está a criar “enormes” dificuldades para recrutarem novos militantes e reforçar as bases das organizações, tendo em vista os futuros desafios políticos.

ESCRIVÃO JOSÉ

Paridos como MPLA, UNITA, FNLA, PRS e PHA com assento na Assembleia Nacional e outros extra-parlamentares que elegeram os finais-de-semanas, para campanhas de recrutamento de novos militantes não tido sucesso, face a crise social sem presentes que afecta milhões de angolanos.

A UNITA que diz ter mais de dois milhões de militantes, já deu início à emissão de cartões de militantes em formato digital em todo o País, que estão a custar 3.000.00 Kwanzas a 2.500.00 Kwanzas.

Segundo a UNITA, o militante que não tiver dinheiro, pode doar um produto correspondente ao valor do cartão.

Segundo uma deliberação do Comité Permanente da Comissão Política do principal partido da oposição, com a emissão destes cartões vai permitir verificar o verdadeiro número de militantes que a organização.

A Frente Nacional de Liberação de Angola (FNLA), que este último final-de-semana, lançou o novo modelo de cartão de militante, produziu 700 mil cartões numa primeira fase, dos quais 300 mil já foram enviados nas 18 províncias do País.

“Até quando assumi a direcção do partido, não sabia o número exacto de militantes que a FNLA controlava. Com a emissão deste novos cartões já vamos saber quantos somos”, disse ao Novo Jornal, o líder do partido Nimi a Naimbi.

O MPLA que diz ter mais de quatro milhões de militantes e que semanalmente promovem campanhas de recrutamento de novos militantes, está preocupado com maior inserção do partido na sociedade.

O professor universitário Cristóvão Sampaio Jeremias, lembrou que os políticos fazem suas campanhas e propagandas eleitorais para conquistar votos, esses candidatos prometem muitas coisas aos eleitores, mas que depois de eleitos muitas promessas de políticos não são cumpridas.

“Neste momento estão preocupados com recrutamento de novos militantes, mas os eleitores já acreditam, porque o que prometeram não cumpriram e fica mesmo muito difícil muitos aceitarem este processo de recrutamento de novos militantes”, disse.

Segundo este professor universitário, muitos angolanos estão perder confiança com os partidos políticos da oposição, que estão cada vez mais desorganizado com surgimento de fissuras internas.

“Não vemos o partido que governa em Angola a trabalhar seriamente para implementar, tão cedo, o cumprimento das promessas eleitorais”, referiu salientando que os desafios da sociedade exigem que partido esteja mais forte para o cumprimento dos anseios da população.

O activista dos direitos humanos, Afonso Kiluta, diz que face a crise económica e social que assola os angolanos, os políticos já não tem moral de continuarem a enganar o povo com as promessas de boa vida.

“Se nem cesta básica consegue dar à população e quanto mais as coisas importantes. O povo já não aceita aderir a partidos políticos com falsas promessas”, disse salientando as campanhas de recrutamento de novos militantes é um fracasso.

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