SOGESTER ACUSADA DE ACOBERTAR AUTORES DO ROUBO DOS CONTENTORES CARREGADOS DE MERCADORIA

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A Sociedade Gestora de terminais (SOGESTER) está a ser acusa de despedir injustamente, um funcionário, alegadamente por estar envolvido num suposto roubo de dois contentores carregados de mercadorias, quando, na verdade, a direcção conhece os verdadeiros autores do crime, segundo contou José Mukeba ao Jornal Hora H.

ANNA COSTA

José Pascoal Mukeba que nega todas as acusações que, segundo ele, foram-lhe atribuídas, acusa a Direcção da SOGESTER de estar a acobertar os verdadeiros culpados, apanhados no dia 5 de Junho, em flagrante, dentro da empresa, com documentos falsos que autoriza a saída do contentor de 40 pés contendo óleo alimentar e conta que poucos dias depois desses serem detidos, foram soltos e alguns deles até ao momento se encontram fora do país.

Pascoal Mukeba funcionário da Sogester desde 2018, exercia as funções de conferente de gate, e pela sua posição, considerada 18.ª na empresa, diz ser impossível roubar algum meio sem antes passar pelos mais de 17 protocolos, e diz que a empresa conta com um sistema de alta segurança controlado por uma equipa dos EUA.

“ Depois de eles soltarem os verdadeiros gatunos, fui surpreendido por efectivos do Serviço de Investigação Criminal, no meu posto de trabalho, que me levaram à força, maltrataram-me e bateram de forma humilhante para eu poder assumir este crime que não cometi”.

O ex-funcionário, disse ao Jornal Hora H que ficou por algum tempo detido com mais quatro colegas, alegadamente, por terem participado do referido furto, mas foi solto mediante a assinatura de um termo de identidade por não existirem provas contra as acusações que lhe foram feita e como resultado de todo o processo, recebeu uma carta de despedimento datada de 29 de Junho de 2021.

Além da ocorrência do dia 5 de Junho, a detenção de Pascoal Mukeba foi fundamentada, também, na prática de outro furto de um contentor carregado com frangos de galinha, no dia 23 de Maio do mesmo ano. Nesta data, José Mukeba conta que esteve, de facto, a trabalhar, porém, afirma que não houve qualquer registo desta ocorrência.

Para Mukeba, são alegações que a empresa SOGESTER não consegue provar, uma vez que a empresa tem mais de 150 câmaras de vigilância e nelas não se testemunha qualquer desaparecimento de contentor e diz ser o único a ser responsabilizado no processo.

O acusado, que diz não ter nenhum interesse em voltar a trabalhar na Sogester, solicita uma indemnização pelo tempo trabalhado na empresa (2008-2021), uma vez que segundo ele, encontra-se numa situação difícil com a família.

O Jornal Hora H, contactou a empresa acusa, mas sem sucesso.

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