MPLA REPRESENTADO POR MANUEL AUGUSTO NO 24º CONGRESSO DO PARTIDO SOCIALISTA
Uma delegação do MPLA, chefiada pelo secretário do Bureau Político para as Relações Internacionais, Manuel Augusto, participou ontem em Lisboa, na qualidade de convidado, na cerimónia de abertura do 24º Congresso do Partido Socialista Portiuguês.
Trata-se do congresso que marca a passagem de testemunho de António Costa para Pedro Nuno Santos, e surge na sequência da demissão do cargo de Primeiro-Ministro, depois da sua indiciação como suspeito num caso de suposta corrupção, denominado “Operação Influencer”.
Manuel Augusto aproveitou a oportunidade para contactar antigos e novos dirigentes do partido que governa Portugal e que escolheu recentemente Pedro Nuno Santos para ser o seu candidato a primeiro-ministro nas eleições antecipadas para 10 de Março, na perspectiva do reforço das relações institucionais entre as duas formações, passo importamnte para a manutenção da cooperação entre os dois governos.
Na abertura do evento, António Costa, na qualidade de secretário-geral cessante, desejou felicidades “ao novo líder” e sublinhou o “amplo espaço político” representado pelo PS, manifestando confiança na capacidade de Pedro Nuno Santos para “dar continuidade aos 50 anos de história” dos socialistas.
“Uma nova geração significa um novo impulso”, notou, vincando que os muros à esquerda “nunca mais voltarão”. Apontando à oposição, António Costa revelou “um segredo” durante a intervenção no Congresso: “O diabo não veio porque o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”.
O Congresso do Partido Socialista (PS) termina apenas amanhã à tarde, com a aprovação do seu programa de acção e a eleição dos novos órgãos, sabendo-se já que Pedro Nuno Santos será consagrado como secretário-geral, enquanto Carlos César se manterá na presidência do partido.
De referir que o grande concorrente do PS para as próximas eleições, o PSD, realizou no mês passado o seu congresso, tendo na altura reeleito Luís Montenegro como presidente e líder do partido.
Mais recentemente, o PSD reeditou a Aliança Democrática, uma coligação que inclui o Centro Democrático Social (CDS) e o Partido Popular Monárquico (PPM), uma coligação que tentará destronar os socialistas do poder, em Março.