ROMER BRAGA: UMA VIDA DEDICADA À PROTECÇÃO DE ESTRELAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Romer Braga contou que, no bairro onde cresceu, os meninos que estudavam no período da manhã frequentavam aulas de artes marciais no período da tarde, e vice-versa. Eram treinados por Adriano da Gama, mais conhecido por Man Didi.
Ao integrar a Organização do Pioneiro Angolano (OPA), Romer Braga destacou-se nas diferentes actividades realizadas pela instituição e transitou para o Círculo de Interesse na Força Aérea Nacional, onde prosseguiu os treinos com o mestre Camaronês.
Daí começa o seu percurso profissional como segurança em dancings, e, mais tarde, como chefe de segurança na Feira Popular de Luanda. Seguiu-se o contrato com a discoteca Bingo, onde, segundo disse, veio a conhecer o radialista Afonso Quintas, o músico Big Nelo, o promotor cultural Riquinho e outros famosos.
Quando Angola acolhe o Campeonato Africano de Futebol (CAN 2010), o Comando Provincial de Luanda da Polícia recrutou e formou vários jovens em matéria de protecção de individualidades, para reforçar o sistema de segurança durante o campeonato. Dada a sua performance durante o campeonato, o comandante Quim Ribeiro, na altura, orientou-o a fazer o curso de segurança patrimonial e guarda-costas.
ASSEGURAMENTO
Romer Braga explicou que a actividade de asseguramento exige o traçado, que consiste em conhecer o local da actividade, as entradas e saídas, bem como a pessoa que vai confeccionar os alimentos.
De acordo com o especialista em matéria de segurança individual, se a actividade for familiar, o segurança adopta a postura de visibilidade nula, fazendo-se passar como familiar da pessoa que é alvo de asseguramento.
Já na actuação com visibilidade média, o segurança aparece vestido normalmente e toma uma posição que leva as pessoas à volta a compreenderem que o fulano está a ser escoltado.
Na visibilidade total, o segurança aparece fardado com todos os meios necessários para garantir o asseguramento.
De acordo com o nosso entrevistado, a actividade de segurança exige muita educação e disciplina, pois, no seu dizer, “somos chamados a assegurar a integridade de pessoas e bens”.
Enquanto decorre a actividade, a integridade de pessoas e bens no evento constitui responsabilidade do segurança. “Mesmo o dinheiro, documentos e telefones que as pessoas perdem durante o evento, somos chamados a recolher, guardar e fazer chegar aos legítimos proprietários, durante e depois do evento”.
Durante o processo de asseguramento das altas individualidades, o segurança não pode fazer gestos bruscos, pois cada movimento tem o seu significado.
ACÇÃO DO SEGURANÇA
Em caso de incidente, o segurança é chamado a prevenir e proteger o segurado, evitando qualquer dano ao cliente.
Segundo Romer Braga explicou, existem técnicas próprias para retirar o cliente do local e accionar a Polícia Nacional para ajudar a garantir a integridade das individualidades assoladas pelo perigo.
De acordo com o especialista, os operativos tendem a treinar jiu-jitsu, que lhes permite usar a força do oponente para vencer o combate. Já o judo serve para neutralizar o oponente e sair rapidamente do local.
Para o nosso entrevistado, o cliente não deve ter uma altura superior ao do segurança, dado o ângulo de visibilidade necessário para garantir a sua segurança.
Explicou que o aconselhável é que tenham a mesma altura ou, ainda, a do segurança superar a do cliente. “Caso contrário fica difícil garantir a segurança, pois o segurança precisa de 80 por cento de visibilidade para actuar”.
PROFISSIONALIZAÇÃO
“Em Angola a actividade de segurança pessoal ainda não é realizada de forma profissional, cada um o faz a seu bel-prazer, dando lugar às inúmeras situações que vimos no dia-a-dia.A maior parte dos profissionais é contratada por afinidade, longe das normas exigidas para um verdadeiro asseguramento”, explicou o especialista, sublinhando que o segurança não deve usar roupas apertadas, não se pode alimentar quando os convidados estiverem a servir e tão pouco beber.
O segurança, disse Romer Braga, deve alimentar-se antes de todos e prestar atenção aos diferentes movimentos no local do evento. E não deve ter nada nos bolsos.
A nossa fonte considerou ser necessário que o profissional de segurança pessoal tenha equipamentos de comunicação, incluindo rádio de comunicação, porrete, algemas, corda e outros utensílios para melhor exercer a sua actividade.
Não lhe é permitido esconder comida e bebida enquanto decorre a actividade, antes pelo contrário, deve orientar, controlar e neutralizar qualquer tentativa de subtracção dos haveres na actividade.
A maior parte dos contratos ainda são precários. Os freelancer, por exemplo, ganham, por hora, entre 15 mil e 20 mil kwanzas.”Às vezes somos chamados para quatro horas, no entanto, somos forçados a ficar na actividade até amanhecer”.
Romer Braga salientou que em Angola “ainda não é possível viver como segurança, dada a fraca procura dos serviços, bem como a ausência de exigência de profissionalismo por parte dos clientes”.
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