DOCUMENTO PROVA: “MINISTRO EUGÉNIO LABORINHO TEM AS MÃOS SUJAS NAS TERRAS DA KONDA MARTA”

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Uma lista de figuras e instituições, que supostamente beneficiaram de parcelas de terras de camponeses da zona de 11 de Novembro, no Distrito Urbano da Cidade Universitária, no município do Talatona, em Luanda, foi tornada pública pelos camponeses da empresa “Konda Marta”, onde o nome do ministro do Interior, Eugénio César Laborinho, aparece na oitava posição.

A lista foi feita pelo Instituto Geográfico e Cadastral de Angola (IGCA), no dia 29 de Abril de 2022, assinada pelo director-geral do ICGA, José Manuel da Conceição Januário. A lista inclui ainda os nomes de José Maria do Carmo Adriano, Lectícia Belani Ramos de Almeida vilhena, Abraão Jorge Martins, J & P Origens, Del-Home-Artigos para Casa, Lda, Aniceto Cabeia Augusto e Paulo Soares Nenganga. 

Na lista em posse do Jornal Hora H, figuram também Josué Emanuel Lopes do Rosário, também conhecido como Joaquim do Rosário, comandante do Talatona, Damecju-Comércio e Construção Civil (SU), Lda, Marta Pezo, TABSIR, Adelaide José António da Silva, Filomena Tavares de Almeida Ferreira e Kalin Kravid Ramos de Almeida.

 O aparecimento do nome do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, dá azo às informações segundo as quais, o comandante municipal da Polícia Nacional no Talatona, subcomissário Joaquim do Rosário, tem a protecção de Eugénio Laborinho, daí acções recorrentes que são protagonizadas contra os indefesos camponeses.

O caso mais recente foi a morte a tiro de um jovem trabalhador da empresa chinesa HS, que foi baleado mortalmente ao ser confundido como um dos trabalhadores da “Konda Marta”, empresa que controla as camponesas.

Segundo uma fonte do Club-K, o ministro do Interior Eugénio Laborinho foi beneficiado com o terreno para que o comandante do Talatona fosse protegido de eventuais acções judiciais.

Daniel Neto, director da empresa Konda Marta, disse que o documento foi conseguido graças à ajuda de vários agentes da Polícia Nacional, que se solidarizaram com as camponesas, muitas das quais são idosas.

O responsável da Konda Marta, que considera a situação grave, pede a intervenção do Presidente da República, João Lourenço, e da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), para que ponham fim ao abuso do poder e à impunidade.

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