PNA INCAPAZ DE CONTROLAR MULTIDÃO QUE ACOMPANHOU O FUNERAL DE NAGRELHA

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O artista do estilo musical angolano, Kudurista “Nagrelha” foi a enterrar esta terça-feira, 22 de Novembro em Luanda, no Cemitério da Santa Ana, cujo funeral juntou milhares de fãs, membros da Sociedade Civil e do Executivo, amigos e colegas de profissão.

O óbito que teve exéquias fúnebres e mensagens de elogios na Cidadela desportiva, termina com o funeral tumultuoso, um clima de verdadeiro vandalismo e repressão policial entre disparos de gás lacrimogêneo para travar possíveis assaltos e destruição de meios públicos naquela localidade da Avenida Deolinda Rodrigues.

No local, segundo constatou Angola24horas, vários automobilistas tiveram seus veículos danificados, com realce para o da equipa de reportagem da TV Zimbo, entre outros.

Com vista a garantir a segurança pública a todos, o Governo Provincial de Luanda decidiu manter fechado ao público, o Cemitério da Santa Ana, terça-feira, 22, e mantê-lo aberto para o funeral exclusivo do músico Nagrelha dos Lambas, falecido na última sexta-feira, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-pulmonares Dom Alexandre Cardeal do Nascimento, vítima de doença.

A informação foi tornada pública na tarde deste domingo, em Conferência de Imprensa, pelo vice-governador de Luanda, para o sector político e social, Manuel Gonçalves, na cidadela desportiva, onde decorreu as exéquias do artista.

A decisão, segundo o governante, surgiu para evitar constrangimento, dada a moldura humana que se faria presente no cemitério para acompanhar Nagrelha à sua última morada.

Manuel Gonçalves esclareceu que as medidas preventivas de segurança tomadas pelas autoridades deviam-se à dimensão que o artista atingiu e pela estimativa dos mais de 15 mil participantes no dia do seu funeral.

Na ocasião, o porta-voz da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel, informou que a Avenida Deolinda Rodrigues estaria condicionado das 10h00 às 14h00 nos dois sentidos, da estátua do motorista ao Viaduto da Unidade de Rádio Patrulha, tendo apelado às associações de taxistas, a reduzir o número de veículos no perímetro do Cemitério.

A Polícia Nacional, garantiu que mobilizou um efectivo de mais de 800 agentes para assegurar o funeral do “Estado Maior do Kuduro”, um número que foi insuficiente para responder a demanda, desde o Estádio da Cidadela, o cortejo fúnebre, no distrito do Sambizanga, até ao cemitério, onde foi hoje enterrado por volta das 11 horas.

Entretanto, informou também que para o cortejo, a Polícia Nacional decidiu controlar o número de veículos, registrando todos que farão parte. No cemitério da Santa Ana a viatura funerária, transportando o corpo de Nagrelha não entrará para o interior do campo santo, fazendo uma passeata na parte exterior, para despedir-se dos seus, o que não aconteceu devido ao número incalculável de pessoas que influíram o espaço.

Vale salientar que, o director do Complexo hospitalar Dom Alexandre Cardeal do Nascimento, disse que, em junho, quando o artista deu entrada naquela unidade sanitária, os exames feitos indicavam situação complicada, razão pela qual foi sugerida uma segunda opinião, que levou o artista a ser evacuado para Portugal, onde os médicos confirmaram os exames detectados em Luanda.

Também sublinhou que, tanto o Nagrelha como a esposa “Weza”, foram informados da gravidade da situação, e por vontade própria o músico decidiu regressar ao país, de onde veio a falecer, deixando uma viúva e 4 filhos menores.

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