Os moradores dos bairros Povoados, Montanhas e Cerâmicas ambos no Distrito Urbano da Samba, município de Luanda, encontram-se sem água canalizada desde a sua existência, o que os obriga a deslocarem-se até os outros bairros para obter o então líquido precioso, contaram recentemente os residentes ao Jornal Hora H

ANNA COSTA

Os moradores contam que, todas as manhãs, percorrem longas distâncias a procura de água, chegando mesmo a correrem riscos de serem atropelados, pois que para obter a água é necessário que se atravesse estradas.

Mateus António de 37 anos de idade, morador do povoado, disse que nasceu na Samba e nunca teve a oportunidade de ver a água jorrar em sua casa.

Já André Cabingano também morador das Montanha, disse que há mais de 10 anos que lhes foi informado que não podem ter água no local em que vivem, por ser um espaço pertencente a Força Aérea Angolana e que, a qualquer momento, seriam retirados do local.

“Por vezes temos que nos deslocar até a Maianga ou Prenda para conseguirmos a água, porque aqui mesmo está mal” contou outro morador

Pedro Alexandrino da Comissão de moradores, disse ao Jornal Hora H que os munícipe muitas vezes acabam por chegar até o Bairro Azul, por trás do Mausoléu para poderem adquirir o líquido precioso.

Informou que tudo já se fez para que tivessem acesso a água da rede pública, mas que até agora continuam sem êxitos.

“É do conhecimento do executivo esta situação que vivemos, até para o Presidente da República nós escrevemos, e as respostas que recebemos é que temos o conhecimento, sabemos disso e estamos até hoje a aguardar” disse

Além da falta de água os moradores queixam-se também dos elevados índices de criminalidade na zona.