A administração Municipal de Viana e o Polo Industrial do mesmo município estão a ser acusadas de receberem dinheiro da Empresa Rayan Investiment para demolirem uma empresa angolana de Segurança Privada denominada FM NGUÊS, denunciou recentemente o proprietário, Fonseca Domingos, ao Jornal Hora H

ANNA COSTA

Segundo Fonseca, a área de fiscalização da administração de Viana alega que sua empresa encontra-se na via pública, mas o proprietário discorda porque a Empresa que supostamente financiou o Polo Industrial de Viana (PIV) e Administração, tinha a parede colada à sua, mas com ela nada aconteceu.

“Eu disse a área da fiscalização, se eu estou na rua a outra também está, se vão me tirar tirem também a outra”.

Fonseca afirmou que “ A Rayan deu dinheiro porque o problema desta empresa é que eu não devo ficar aí, porque há negócios entre eles, e se as instâncias superiores quiserem saber a verdade, mandem só grampear os telefones deste Chefe do gabinete do PIV e Chefe da Fiscalização da Administração e vão descobrir as conversas das negociações “alertou.

O lesado disse que sua empresa ficou por dois anos fechada por causa das constantes pressões que recebia da Polícia e FAA, que todos os dias em grande escala, rondavam o espaço, mas ainda assim, sem ter aberto novamente encontrou sua estrutura, criada em 2015, no chão.

Disse também que já escreveu para o Ministro da Industria e Comércio, Victor Fernandes e para Administração Municipal de Viana, até ao momento não obteve resposta.

“ Faz mais de sete meses que eu dirigi a Carta ao Ministro do comércio e até agora não tenho nenhum feadback, na Administração faz mais de um ano ninguém me respondeu, marquei uma audiência com o actual administrador Demétrio, até agora nada”, disse.

Caso lhe seja dado um outro espaço, Fonseca Domingos Pascoal, diz que aceitará, porém que se evitem as burocracias “ esses senhores (governantes) têm a mania de fazerem promessas e depois te dão um monte de voltas”.

O JORNAL HORA H, contactos as instituições acusadas a fim de ouvir as suas versões.

A empresa Rayan, acusada de corromper as duas instituições simplesmente negou as acusações.

Já o inspector da Fiscalização de Viana identificado apenas por Quizembe que segundo o denunciante, a quando da primeira audição lhe foi dito que não estava dentro do limite marcado, disse desconhecer o caso e que o único processo do PIV que está a instruir não tem nada a ver com demolição.

Ao passo que o Polo Industrial de Viana, na pessoa do Administrador para Área Técnica, António Pedro, informou que a referida empresa foi demolida pelo facto de estar fora no limite estabelecido, questionado sobre a empresa Rayan que encontra-se no mesmo local, o mesmo respondeu que o caso está em tribunal e que também poderá ser demolida e sugeriu que o proprietário da FM NGUÊS solicitasse um outro espaço dentro do polo.

Contactamos, igualmente a Administração Municipal de Viana e a Fiscalização do mesmo município, mas sem sucesso.