LUNDA-NORTE: PARTIDOS POLÍTICOS DESTACAM PROMOÇÃO DE DIÁLOGO PARA O REFORÇO DA DEMOCRACIA

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Os representantes dos cinco partidos políticos com assento parlamentar destacaram, esta segunda-feira, no Dundo, a iniciativa da governadora da Lunda-Norte, Deolinda Vilarinho, na promoção do diálogo com as diferentes forças, em busca dos melhores caminhos para a construção de uma verdadeira democracia, estabelecimento de um ambiente salutar e de desenvolvimento socio-económico.

Em declarações à imprensa no final do encontro que a governadora manteve com os dos responsáveis das forças políticas, o secretário provincial da UNITA e deputado à Assembleia Nacional, eleito no pleito de 24 de Agosto último pelo círculo da Lunda-Norte, Domingos Oliveira, apelou ao diálogo permanente com os actores da sociedade, incluindo os partidos da oposição.

Domingos Oliveira, que foi o cabeça-de-lista pela  UNITA no círculo eleitoral local, reconheceu que desde a nomeação pelo Presidente João Lourenço, até ao empossamento e apresentação à população, a nova governadora “começa bem, tendo em conta a importância do diálogo na construção da unidade nacional e uma democracia genuína”.

Considerou que, com base na aproximação em construção junto da sociedade, quaisquer dificuldades a governadora vai encontrar suporte para a resolução das mesmas: “A promoção do diálogo permite uma governação e democracia genuina”.

Reforçou que nos dias de hoje todas as forças completam o país e aconselha um diálogo permanente. O deputado referiu que a nova governadora da Lunda-Norte foi, igualmente, persuadida para a necessidade da nomeação de um governo provincial, formado por quadros da sociedade civil com capacidade técnica, profissional e académica comprovadas.

Durante o encontro com a governadora, o deputado da UNITA disse ter feito, também, referência à necessidade de se trabalhar na revogação do Código Mineiro, para a defesa dos direitos e deveres das populações residentes ao longo das zonas de exploração de diamantes.

Já o secretário provincial adjunto do MPLA, Fernando Terça Quindji, destacou que a reunião entre a governadora Deolinda Vilarinho e os representantes dos partidos políticos com assento parlamentar demonstra a abertura para uma governação participativa.

O político disse que Deolinda Vilarinho conhece bem os problemas da Lunda-Norte, daí acreditar que com outras forças políticas estarão criadas as bases para a resolução dos problemas da população.

O presidente da Comissão Política Provincial do Partido Humanista de Angola (PHA) disse que, no encontro com a governadora, transmitiu preocupações ligadas à melhoria das vias de comunicação, sistema do transporte urbano na cidade do Dundo, capital da Lunda-Norte, através da fiscalização dos serviços prestados pelas operadoras que receberam autocarros do Estado e a questão relacionada com a falta de medicamentos nas unidades sanitárias de referência.

Manuel Massanzo admitiu que, com o princípio de reunir com as forças políticas da oposição, a nova governadora da Lunda-Norte mostra abertura de trabalhar com todos para a resolução dos problemas da província.

O secretário provincial do Partido de Renovação Social (PRS), Domingos Lote Cassova, sugeriu que na equipa de trabalho da governadora deveria se incluir personalidades da sociedade civil que revelem capacidade para ajudar.

Por seu turno, Carlos Mulamba, secretário provincial da FNLA, defendeu a construção de novos mercados na cidade do Dundo, melhoria do saneamento básico e energia eléctrica.

Governação de proximidade

Deolinda Vilarinho, apresentada à população local a 28 de Setembro, sublinhou que “trabalhar mais e comunicar melhor”, de acordo com as palavras transmitidas pelo Presidente da República, João Lourenço, constituem as premissas da governação actual, em que os partidos políticos são chamados a darem o seu contributo.

A governadora acredita que, com o reforço das consultas públicas, o Executivo vai ter o “denominador comum” para a resolução de todos os problemas da população da Lunda-Norte.

Disse que a governação da província é também responsabilidade das forças políticas da oposição, das quais o Estado quer buscar subsídios importantes para o bem-estar de todos.

Fonte: JA

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