Luanda – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, formaliza nesta sexta-feira, 30, as 15 horas local, em cerimónia de Estado na capital Moscovo, a independência de quatro regiões da Ucrânia, nomeadamente, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia, em meio a fortes contestações da comunidade internacional.

A cerimónia de assinatura contará com a presença dos líderes que a Rússia colocou para governar as regiões já ocupadas na Ucrânia.

REDACÇÃO HORA H

Os decretos que confirmam a independência e consequente entrada dos novos territórios que representam 15% da região ucraniana na Federação Russa são assinados pelo Presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlim, e anunciados durante concerto na Praça Vermelha em Moscovo, onde uma faixa com a escrita  ‘Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia, Kherson – Russia!”, poderá ser exibida.

CRÍTICAS *ESTADOS UNIDOS

Para demonstrar a sua não aprovação a intenção de Vladimir Putin, o Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden avisou que “o seu país e seus aliados vão adotar ainda mais sanções do que já impuseram contra a Rússia, e que vão oferecer milhões de dólares em apoio extra à Ucrânia”.

“Nunca, nunca, nunca reconheceremos os resultados dos referendos orquestrados pela Rússia na Ucrânia” disse nesta quinta-feira, 29, o estadista norte-americano.

UCRÂNIA

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, convocou uma reunião de emergência também para esta sexta-feira, 30, com o Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia para pedir mais armas para continuar a lutar pela recuperação das regiões perdidas.

ANALISTAS RUSSAS

Analistas russos afirmam que, “quando estas áreas forem anexadas e consideradas por Moscovo como parte de seu território, a Rússia poderá usar armas nucleares para defendê-las”.

UNIÃO EUROPEIA

Os países da União Europeia prometem apoiar os Estados Unidos na aplicação de novas sanções contra a Rússia diante de mais  “uma violação do direito internacional” cometido por Vladimir Putin.

SITUAÇÃO ACTUAL DAS REGIÕES CONQUISTADAS

Nas quatro regiões ucranianas, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia ocupadas por uma força conjunta formada pelo exército russo e os separatistas dessas regiões, confirma a imprensa ocidental, “houve um referendo organizado pela Rússia para que os moradores decidissem se são favoráveis à anexação a Rússia”. Referendo considerado “ilegal” pela Ucrânia, ONU e os países do Ocidente para os quais “a votação foi apenas uma encenação para justificar a incorporação dos territórios”

O referendo é considerado ilegítimo pela Ucrânia, organizações e países ocidentais pelos seguintes argumentos:

“A Rússia invadiu militarmente a Ucrânia em fevereiro;

Parte da população deixou a região por causa da guerra; Os eleitores foram coagidos; Não houve observadores independentes; O governo da Ucrânia disse para seus cidadãos não participarem”.