UNITA E MPLA CHORAM A MORTE DO NACIONALISTA MIGUEL N’ZAU PUNA

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Luanda – A UNITA, maior partido da oposição angolana, e o MPLA, partido do poder, lamentaram a morte do nacionalista Miguel N’zau Puna, enaltecendo o seu contributo para a democracia e liberdade dos angolanos.

Na nota de condolências, o secretariado executivo do Comité Permanente da Comissão Política da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) lamenta a morte de Miguel N’Zau Puna, por doença, no dia 17 de julho, em Luanda.

“Miguel N’Zau Puna foi um nacionalista que dedicou a sua vida participando ativamente na luta pela independência e na conquista da democracia, ao lado do saudoso presidente fundador Dr. Jonas Malheiro Savimbi, durante 26 anos”, refere-se na nota.

A segunda força política angolana “enaltece o gesto prestado por este patriota que, mesmo já sem vínculo à UNITA desde 1992, deslocou-se para Lopitanga, em junho de 2019, para render a última homenagem ao Dr. Jonas Savimbi, por altura do seu funeral”, sublinha-se no documento.

“Nesta hora de dor e luto, o Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, em nome dos membros, simpatizantes e amigos, endereça à família enlutada os seus sentimentos de pesar”, lê-se na nota.

Por sua vez, o grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) lamentou a morte do seu deputado desde 2008.

O presidente do grupo parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, numa nota citada pelo Jornal de Angola, enalteceu a figura de Puna, como um destacado nacionalista que, desde muito cedo, abraçou a causa da liberdade do povo angolano.

“O nacionalista Miguel N´Zau Puna foi deputado do MPLA desde 2008, e, actualmente, tinha o seu mandato suspenso por motivos de saúde”, realça-se na nota do grupo parlamentar do MPLA, frisando-se ainda que “foi com grande pesar e consternação que o grupo parlamentar do MPLA recebeu a triste notícia”.

Miguel Maria N’Zau Puna nasceu em 1932, na província de Cabinda, e foi membro da União das Populações de Angola (UPA), da UNITA, onde foi secretário-geral, tendo deixado este partido em 1992 e fundado a Tendência de Reflexão Democrática (TRD).

No seu percurso de vida passou igualmente pela diplomacia, como embaixador de Angola no Canadá.

Três anos da sua morte, lançou uma autobiografia intitulada “Mal me querem – A história de Angola na voz de quem a fez, um testemunho sem meias palavras”, livro com 250 páginas, que aborda as longas excursões ainda como antigo militante da UNITA, vivenciadas desde a localidade da Jamba, na província do Cuando Cubango, a Luanda, passando pela Zâmbia, Tunísia e China.

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