O governador do Zaire, Adriano Mendes de Carvalho, afirmou que a estrada Cuimba / Mbanza Kongo, num total de 62 quilómetros, será asfaltada “o mais breve possível”, para facilitar o processo de escoamento dos produtos do campo, além de galvanizar o desenvolvimento da província.

Falando na reunião do Conselho de Auscultação das Comunidades, reali-zada terça-feira na sede municipal do Cuimba, onde tomou conhecimento das dificuldades por que passam as populações locais, em consequência das condições da via, reforçou o engajamento para que a promessa seja cumprida.

“Não é correcto alguém produzir e não conseguir escoar a produção. Tem de haver camiões para retirar os produtos do campo. Por este facto, é imperioso que se resolva o problema da estrada. Vamos levar a preocupação ao Presidente da República, João Lourenço, e tenho a certeza de que terei apoios para asfaltar essa estrada”, disse.

Durante o encontro realizado sob o lema “trabalhar mais e comunicar melhor”, Adriano Mendes de Carvalho reconheceu que o mau estado da estrada está na base da precariedade da oferta de bens e serviços, assim como do encarecimento da vida dos habitantes do Cuimba.

“Sei que é difícil o transporte do Cuimba para Mbanza Kongo, face às péssimas condições da via. Mas acredito que, resolvendo o problema da estrada, se podem colocar autocarros nesta via. Por outro lado, com a estrada em bom estado, muitos empresários estarão motivados a investir nesta região, garantindo postos de emprego que irão permitir a melhoria do nível de vida dos jovens e adultos”, perspectivou.

FALTA DE BLOCO OPERATÓRIO

Os membros do Conselho de Auscultação das Comunidades do Cuimba apresentaram ao governador várias preocupações, com destaque para a falta de um bloco operatório no Hospital Municipal.

A situação faz com que quatro a cinco pacientes sejam, diariamente, transferidos para a cidade de Mbanza Kongo, sede provincial. “A transferência dos doentes é feita em condições difíceis, tendo em conta a degradação da via e do mau estado técnico das cinco ambulâncias existentes há mais de dez anos”, disse o director municipal da Saúde do Cuimba, Miranda Kiavuvu Neto.

O responsável fez saber, na ocasião, que a maioria dos casos graves registados na unidade hospitalar local está relacionada com a anemia aguda, causada pela malária: “Apesar da distribuição de mosquiteiros, que tem sido feita com alguma regularidade, os casos graves tendem a aumentar. Felizmente, há dois meses recebemos um especialista em Pediatria, mas faltam especialistas nas áreas de Maternidade, Urologia, dentista e outras.