Foi na tarde desta segunda-feira, 10 de Outubro de 2022, que o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, conversou ao telefone com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre o conflito armado que decorre naquele país europeu.

ANNA COSTA

Logo a seguir a conversa o Presidente da Ucrânia, Wolodymyr Zelensky, fez um post nas suas redes sociais, em que escreve: “com o Presidente de Angola João Lourenço discutimos os ataques de mísseis terroristas da Rússia à Ucrânia. Também conversamos sobre questões importantes de cooperação dentro da ONU. Estamos a trabalhar para garantir que o mundo tome uma posição clara e sobre a agressão russa”.

Para o especialista em relações internacionais Gimi Panzo, o Presidente João Lourenço, comete um erro de palmatória, e cometeu durante todo seu mandato, ele toma decisões sem medir as consequências, porque se depois disso ainda assim Biden não nos prestar atenção, nós vamos passar muito mal, porque vamos ficar sem apoio da Russia, e dos EUA, logo, vamos vender, novamente, o País a China, contraindo mais dívidas.

Gimi, entende que este contacto é uma demonstração, clara, de que Angola já tem uma posição, uma vez que antes mostrou-se neutra, mas alerta que “mas do que vermos a opinião de Angola, é entendermos o que está por detrás desta manifestação de posição do nosso País, e por quê só agora se manifesta”.

Gimi, disse ainda que esta manifestação de Angola é uma forma do nosso Estado chamar a atenção de Joe Biden, de modos que o Presidente Norte-americano perceba que Angola está do seu lado.

“Isso é importante porque João Lourenço teve uma governação de cinco anos totalmente fracassada do ponto de vista da diplomacia presidencial, várias vezes tentou visitar América e ser recebido pelos líderes, mas não teve sucesso e essa é uma oportunidade que conseguiu para redireccionar a sua política externa, e que Biden perceba que Angola está do seu lado” disse.

De acordo com Gimi Panzo, entre cooperar com a Russia ou com os Estados Unidos da América, é importante que se coopere com EUA “porque para além do apoio económico, também tem o militar e nós estamos muito próximo dos países que estão a correr golpe de Estado e os Estados Unidos, tem uma experiência avançada sobre Serviço de Inteligência que é um mecanismo para combater golpes de Estado”. Argumentou Gimi Panzo.

Panzo entende ser um risco tal posição, mas considera que poderá ser um risco mais agravante caso Joe Biden não considerar esse aspecto.

“No meu ponto de vista, antes de marcarmos este passo temos que saber o que Biden está a fazer com os Estados que estão a apoiar a Russia, porque não basta apenas dizer que é preciso parar com a guerra que eu apoio o fulano ou sicrano, é necessário pensar, depois deste risco o que nós teremos.

João Lourenço, comete um erro de palmatória, e cometeu durante todo seu mandato, ele toma decisões sem medir as consequências, porque se depois disso ainda assim Biden não nos prestar atenção, nós vamos passar muito mal, porque vamos ficar sem apoio da Russia, e dos EUA, logo, vamos vender, novamente, o País a China, contraindo mais dívidas.

Lembrar que o conflito militar que a Ucrânia vive, é fruto de uma evasão da Rússia a 24 de Fevereiro deste ano. Na última semana, a Russia conquistou e anexou quatro territórios ucranianos ao seu país. Na manhã desta segunda-feira, cinco cidades foram atacadas.