COMUNICAÇÃO SOCIAL: JORNALISTAS NÃO ESPERAM NADA DE NOVO DO ACTUAL MINISTRO MÁRIO OLIVEIRA

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Vários Jornalistas angolanos bem como membros da Sociedade Civil declaram não esperarem mudança alguma na gestão do actual, Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Augusto da Silva Oliveira, nomeado recentemente pelo Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço.

ANNA COSTA

Segundo os Jornalistas, Mário Oliveira continuará a trabalhar sobre as políticas definidas pelo Partido no Poder e não poderá avançar com as suas ideias.

Para Siona Júnior, pelo facto de já ter passado neste ministérios vários titulares da pasta  a situação continuará na mesma.

“ Quem subiu é um militante e filho do MPLA, e as políticas continuarão sendo as mesmas, quem o colocou aí foi o Presidente da República e ele terá de dançar a música que encontrou, agora se deixar o homem trabalhar individualmente talvez pode demonstrar as suas qualidades”  disse.

O Jornalista Gonçalves Vieira, defende também que o “quadro vai continuar a ser o mesmo que a média pública acostumou a sociedade angolana, a única coisa que talvez eu esperaria de novo neste consolado do Novo Ministro é a abertura no sentido de se aprovar leis que permitem o surgimento de Rádios Comunitárias”.

De acordo com o Ministro Mário de Oliveira, em conversa com os jornalistas, estará aberto a críticas, porém, alguns profissionais almejam pelo cumprimento de suas palavras, mas outros disseram não confiarem no seu discurso.

“ Nós ouvimos o seu discurso e notamos pelo menos que há uma vontade clara de melhorar alguns serviços ligados a comunicação social e nós esperamos que sejamos tratados de igual maneira, e que seu discurso saia da teoria para a prática, referiu o jornalista Isidro Canganjo

“O ministro falou e falou bonito mas podemos ficar descansados que nada vai acontecer vamos continuar a viver os mesmos problemas”, afirmou Siona Júnior

O Jornalista Horíbio Henjengo, referiu que numa das entrevistas Mário de Oliveira disse não ter domínio na área da Comunicação Social, para o Jornalista “ tal atitude o pode ofuscar no sentido de termos uma união ou transparência no sector da comunicação, porque ele fica perdido” e compreende que se o titular da pasta trabalhar com “os mesmos staff ” vai seguir o mesmo padrão de sempre.

Para o Professor Paxi Pedro, não existem expectativas quando a gestão do actual Ministro em função das questões partidários, justificando que muitos deles não fazem os que os convém fazer mas sim trabalham sob orientações superiores.

“ As orientações superiores pecam por defeito e por excesso, e a comunicação em um dos poderes nas repúblicas, falar de expectativas para chegar e fazer aquilo que lhe compete na sua gestão está muito aquém das expectativas porque são mais questões políticas do que administrativas” .

Segundo o jurista Manuel Cankundo os critérios utlizados para a eleição dos Ministros em Angola não confere competências exigidas para exercer determinadas funções

“Quando se pega alguém que mesmo não tendo competência, por isso não tem uma consciência democrática apenas tem a consciência da obediência a quem está no poder, claro que, ao invés de dar voz a quem tem por direito, simplesmente vai dar a voz a quem fala a mesma língua que ele”.

Os jornalistas solicitaram que o ministério vele pela assistência financeira dos órgãos de comunicação privados bem como pela legalização dos meios de Comunicação Social, que funcionam em plataformas digitais.

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