FUGA DOS PARTIDOS NACASA-CE: PDP-ANA VAI ABORDAR A CONTINUIDADE

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O presidente do Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA), Abreu Capitão Bernardo, anunciou, na quinta-feira, em Luanda, que o Bureau Político vai avaliar a continuidade na coligação CASA-CE, em função do resultado nas Eleições Gerais de 24 de Agosto.

O PDP-ANA, fundado a 17 de Março de 1991, integra a Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE), desde a fundação, a 3 de Abril de 2012, para, em conjunto com os partidos PALMA- NOVA ANGOLA, PPA, PADDA-AP e PNSA, oferecer aos cidadãos uma nova visão progressiva sobre o futuro do país.

Abreu Capitão Bernardo, sem entrar em detalhes, admite o resultado “desastroso”, que o coloca, pela primeira vez, fora da Assembleia Nacional, mas sublinha que há um culpado. “Nós estávamos a pensar que iríamos dar uma prenda aos angolanos, iríamos surpreender pela positiva, mas, antes pelo contrário, saímos os mais prejudicados”, disse, avançando que o povo sabe quem é o culpado.

O presidente do PDP-ANA sem referir se a coligação já apreciou o seu futuro político até às próximas Eleições Gerais, disse que “o sentimento que paira no seio dos militantes é de correcção dos erros que estiveram na base do descalabro, para se direccionar em busca de novas conquistas”.

“É assim que os militantes e dirigentes da coligação, em particular do PDP-ANA, que eu dirijo, estão imbuídos, no sentido de que os erros não se podem repetir”, frisou. A CASA-CE perdeu os 16 deputados, fruto do resultado nas Eleições Gerais de 24 de Agosto, ao conseguir apenas 46.750 votos, o que corresponde a 0,75 por cento.

Abreu Capitão Bernardo pronunciou-se, também, sobre o pagamento dos delegados de lista, que, até à data, a CASA-CE ainda não efectuou. Para o político, a situação merece uma apreciação das autoridades, por a mesma ser extensiva a maior parte das forças políticas concorrentes, indicando, nomeadamente, a FNLA, PRS, PHA e APN.

Nesse sentido, faz um apelo geral para se viabilizar, ao nível das estruturas do Executivo, o pagamento da dívida dos partidos políticos para com os delegados de mesa das assembleias de voto. O presidente do PDP-ANA, sem anunciar os montantes, é de opinião que “a dívida deveria ser paga pelas instituições do Estado, por via da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ”.

“Essa situação deveria ser uma questão de Estado. Deveria ser o Governo a assumir, porque eu estava a ler o ponto que fala sobre o pagamento dos delegados de lista, e não é muito claro, há uma linguagem duvidosa”, realça, continuando, a seguir, que o parágrafo em causa diz: ” (…) Podendo, também, pagar os delegados de lista”, esclarece. Abreu Capitão Bernardo reconhece que essa pode ser uma linguagem confusa. “Queremos dialogar com o Governo, para se esclarecer este assunto, ver a possibilidade de as autoridades assumirem a responsabilidade do pagamento da dívida com os delegados de mesa.

O político disse que a CASA-CE recrutou, no âmbito das Eleições Gerais de 24 de Agosto, 50 mil delegados de lista. Sobre o assunto, a Procuradoria Geral da República, em nota de imprensa, advertiu as forças políticas concorrentes às Eleições Gerais de 24 de Agosto a assumirem, com responsabilidade, os compromissos decorrentes da campanha eleitoral, tendo em conta que, pelo incumprimento, podem ser responsabilizadas.

A PGR no comunicado, com data de 31 de Agosto, alertou que os partidos têm obrigações de prestar contas aos órgãos competentes do Estado, do regular uso dos recursos financeiros públicos que lhes foram concedidos para o apoio às campanhas eleitorais.

Refere-se que cada formação política concorrente às eleições recebeu, para a campanha eleitoral, o valor de quatrocentos e quarenta e quatro milhões e oitocentos e dois mil kwanzas (444.802.000 Kz).

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