JORNALISTAS DO HORA H IMPEDIDOS COERCIVAMENTE DE EXERCER ACTIVIDADE NO MERCADO DO LUANDA SUL

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Os jornalistas da TV Hora H, Anna Costa e Jony dos Santos, foram, de forma coerciva, impedidos de exercer a sua actividade profissional no Mercado do Luanda Sul, no município de Viana, em Luanda, quando se dirigiam ao local para reportar imagens de quatro lojas que arderam num incêndio ocorrido no passado dia 9 de Setembro.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

A equipa de reportagem deslocou-se ao mercado com o objectivo de constatar o estado real das referidas lojas, cujos proprietários afirmam não ter, até ao momento, qualquer resposta oficial das autoridades sobre as causas do incêndio e as medidas a serem tomadas. No entanto, funcionários da administração do mercado impediram, de forma rígida, a captação de imagens no interior do recinto.

Segundo os funcionários, a recolha de imagens só seria permitida mediante autorização da administradora do mercado, identificada apenas pelo nome de Carla que não se encontrava no local para a referida autorização.

Na tentativa de aceder ao local do incidente, quatro funcionários da administração, orientaram os seus operativos a retirar a equipa de reportagem do mercado de forma humilhante, exigindo que o trabalho jornalístico fosse realizado fora das instalações.

Perante a situação, a equipa da TV Hora H tentou contactar insistentemente, via telefónica, a administradora Carla, incluindo o envio de uma mensagem a relatar o ocorrido. Contudo, até ao fecho desta matéria, não houve qualquer reacção ou esclarecimento por parte da responsável.

Os proprietários das lojas afectadas manifestaram profunda indignação com a postura da administração do mercado, sublinhando que os jornalistas se encontravam no local com a sua autorização e apenas exerciam o direito à informação, considerado fundamental numa sociedade democrática.

O caso levantou preocupações sobre possíveis limitações à liberdade de imprensa e ao direito dos cidadãos à informação, num contexto em que os lesados continuam a aguardar explicações e respostas sobre o incêndio que destruiu os seus meios de subsistência e teve um prejuízo avaliado em mais de 14 milhões de kwanzas.

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