CHIVUKUVUKU ALERTA PARA “GRANDES DESAFIOS NACIONAIS” E PEDE ACELERAÇÃO DA ESTRATÉGIA DO PRA-JA RUMO A 2027
O presidente do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, destacou esta segunda-feira, na abertura da II Reunião Ordinária da Comissão Política Nacional, um conjunto de “desafios estruturantes” que o país enfrenta e que, defende, devem orientar a acção política da força que lidera. O encontro decorre num momento que o dirigente considera de “extraordinária relevância” tanto para o país como para o próprio partido, que completou um ano como formação política legal.
ANNA COSTA
Ao revisitar os 50 anos de independência, Chivukuvuku sublinhou que Angola carrega ainda “feridas históricas” que precisam de reflexão permanente, como a divisão na luta de libertação, a guerra civil e a internacionalização de conflitos internos. Apesar dos avanços, como a abertura ao pluralismo político, a retirada de forças estrangeiras e o alcance da paz, o dirigente apontou que “o futuro depende apenas de nós” e remetendo para uma lista de desafios que considera determinantes.
Entre os temas centrais do discurso, o líder do PRA-JA destacou a Reconciliação profunda e aceitação da diversidade. Chivukuvuku insistiu na necessidade de os angolanos se “assumirem verdadeiramente como irmãos”, reconhecendo diferenças étnicas, culturais e políticas como parte da identidade nacional.

O dirigente afirmou que o maior desafio nacional passa por “garantir vida digna aos cidadãos”, acabar com a fome e reduzir a pobreza. “Angola só se realiza realizando a pessoa humana angolana”, frisou.
Defendeu que, a juventude, descrita como “cheia de energia e vontade de realizar, deve voltar a acreditar no futuro do país.
Chivukuvuku apelou para que o país seja pensado “na sua grandeza e diversidade geográfica”, evitando visões restritas ou centralizadas.
O presidente do PRA-JA voltou a defender a institucionalização efectiva do poder local, “sem tibieza, sem hesitação e sem fingimento”, como parte de uma reforma profunda da governação. Disse ainda que o país precisa rever prioridades e modelos de desenvolvimento a fim de responder aos desafios internos e externos.
Abel Epalanga, afirmou que Angola deve projectar-se na África Austral e no mundo “não pela força, nem pela arrogância”, mas através da qualidade de vida dos seus cidadãos.

O líder político reiterou a convicção de que o PRA-JA será “governo ou parte do governo em 2027”. Para isso, a reunião fez o balanço do primeiro ano da sigla, ajustar a sua organização interna e definir o calendário estratégico para 2026 e 2027.
“Eu tenho fé. Eu acredito. Eu confio em vocês”, afirmou Chivukuvuku, que apelou à “disponibilidade redobrada” dos membros da Comissão Política.


