GOVERNADOR RECÉM-NOMEADO PROMETE NOVO MODELO DE GOVERNAÇÃO PARA LUANDA

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Luanda – O governador recém-nomeado, Manuel Homem, promete novo modelo de governação para a capital do país que considera “um desafio, mas não missão impossível”.

Em declarações a imprensa no acto de passagem de pastas pela antiga governadora, Ana Paula de Carvalho, o novo governador da província de Luanda, Manuel Homem assumiu que enquanto governante, dirigir a capital do país “é um dos seus maiores desafios”, contudo promete “trabalhar cada minuto para que Luanda seja uma boa província para os seus habitantes”.

Ciente da dimensão, complexidade e problemas que Luanda apresenta desde a segurança pública, combate a criminalidade, melhoria da iluminação pública, fornecimento de energia eléctrica e de água, assim como o saneamento básico, saúde e educação, respeito ao espaço público, melhoria da mobilidade urbana, criação de locais de lazer, cultura e desporto, e entre outras iniciativas que mudem o rumo da província, Manuel Homem acredita que “as soluções para os problemas não serão tomadas no conforto dos gabinetes”, antes pelo contrário, “serão tomadas depois de se ir ao terreno para ouvir e auscultar as pessoas. Compreender quais são, na realidade, os seus principais anseios”, pelo que defende uma governação mais inclusiva e participativa envolvendo os cidadãos, empresas e organizações sediadas na província “para melhorar os resultados”.

RECOMENDAÇÕES AOS CITADINOS

Preocupado com a imagem de Luanda, o novo governador assegura apoios a iniciativas individuais e colectivas voltadas a criação de jardins apadrinhados por empresas, projectos de alguns cidadãos que estão a transformar a parte baixa da cidade e algumas localidades das zonas periféricas.

Manuel Homem chama atenção dos habitantes para a demonstração de pequenos gestos como “não deitar o lixo na via pública, o respeito pelos bens públicos e na partilha dos espaços públicos, bem como parar de vender em locais não adequados”, pelo que chama as igrejas, organizações da sociedade civil para moralizar a sociedade.

ALERTA AOS ADMINISTRADORES

Aos administradores municipais e distritais, o novo titular, avisa que “os cidadãos não querem promessas, não querem discursos elaborados que vendam sonhos irrealizáveis. A sociedade quer serviços de qualidade, quer realizações, obras, acções efectivas do governo”, para isso, continuou Manuel Homem “é preciso reestruturar o governo” para trabalhar sob um novo modelo de governação menos centralizado para a província.

“Não é aceitável que pequenos problemas locais tenham que ser resolvidos na sede do Governo Provincial. Como por exemplo, a reparação de uma conduta de água ou de um cabo de electricidade dependa da boa vontade das estruturas sediadas aqui no casco urbano da cidade. Temos que repensar o modelo de prestação de serviços públicos em Luanda, dando mais autonomia aos municípios e distritos para que eles próprios resolvam as necessidades locais do cidadão” observou.

Ainda enquanto olhava para a forma de trabalho dos seus auxiliares mais directos nos municípios e distritos, o novo governador chamou atenção aos administradores que “precisam entender que os seus cargos não são uma janela de oportunidade para o enriquecimento ilícito, mas de facilitadores das políticas públicas para servir o cidadão”.

VISÃO GERAL DE GOVERNO

Numa visão geral do tipo de governação que pretende trazer para Luanda e os luandenses, Manuel Homem, entende que “o Governo deve ser um parceiro dos cidadãos que, não devem só serem ouvidos nos períodos que precisamos do seu voto para governar”.

Para Manuel Homem “O Governo de Luanda não pode continuar a ser pensado como cemitério de quem governa”, olhando para o tempo e frequência como em Luanda os governadores são trocados pelo que defende um novo modelo de governação que envolva os habitantes aquém se dará a liberdade de aconselhar fiscalizar o desenvolvimento do governo, “é por isso que pretendemos envolver as pessoas no processo de decisão da província, num modelo que permita a realização de reuniões regulares durante o ano para discutir e apontar soluções que ajudem a melhorar a nossa governação”, concluiu.

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