OMATAPALO DE LUÍS NUNES RECEBE OBRAS DE REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DA RNA DE MÃOS BEIJADAS

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O Presidente da República, João Lourenço, terá provocado desconforto no seio do Executivo após tomar uma decisão de mão pesada sobre a reabilitação da Rádio Nacional de Angola (RNA), retirando o controlo da empreitada ao Ministério da tutela.

Em 12 de setembro de 2025, durante uma visita aos estúdios centrais da RNA, o Presidente Lourenço manifestou publicamente o seu desagrado com as condições estruturais e operacionais da emissora pública.

A reação imediata foi a convocação de uma reunião de emergência com o Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), o Presidente do Conselho de Administração da RNA e outros membros do Executivo, culminando na determinação de medidas urgentes para a reabilitação do edifício e a modernização dos equipamentos técnicos.

Fontes próximas do Club-K, indicam que o Ministro e a Direcção da RNA acolheram com satisfação a decisão, antecipando a possibilidade de conduzir o processo de contratação da empresa de construção – diligências que, no entendimento dos dirigentes angolanos, frequentemente dão lugar a contrapartidas e negociações vantajosas para os intervenientes.

Contudo, o Ministro Mário de Oliveira terá sido surpreendido com a notícia de que as obras de reabilitação da RNA ficariam a cargo da construtora OMATAPALO. Esta decisão foi comunicada pelo atual Governador de Luanda, Luís Nunes, por indicação expressa do Presidente João Lourenço.

A notícia irritou profundamente o Ministro Mário de Oliveira, uma vez que ele e a direção da RNA ficam, desta forma, excluídos de qualquer envolvimento financeiro ou negocial no contrato da obra.

A OMATAPALO, empresa pertencente ao próprio governador de Luanda, tem sido alvo de críticas por ser frequentemente favorecida em contratos públicos, muitos dos quais atribuídos através de ajustes diretos (sem concurso público).

Face à preferência reiterada do Presidente por esta construtora, têm surgido insinuações internas no regime de que João Lourenço possa ter interesses ocultos na empresa ou que se faça representar nela por meio de um “testa de ferro” — suspeitas que, até ao momento, nunca foram sustentadas por provas documentais.

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