DADOS DA OXFORD ECONOMICS COLOCAM ANGOLA COMO MAIOR PRODUTOR DE DIAMANTES

Os dados, recentemente divulgados pela consultora Oxford Economics, colocam Angola na primeira posição dos países maiores produtores de diamantes em África. Deste modo, o país deixa para atrás o Botswana, que há muito tempo esteve no pódio desta lista.
“Dados recentes sugerem que a produção de diamantes de Angola ultrapassou a do Botswana no segundo trimestre de 2025, e esperamos que a produção de diamantes do Botswana permaneça moderada este ano devido a cortes intencionais na produção, enquanto a de Angola deverá apresentar uma tendência ascendente”, escrevem os analistas.
A consultora britânica afirma que “a produção de diamantes de Angola deve ultrapassar a do Botswana pela primeira vez este ano”, porém ressaltou que “devido à queda dos preços globais dos diamantes, os benefícios serão moderados”.
Na nota enviada aos clientes, noticiada pela Lusa, a Oxford Economics explica que apesar de o Instituto Nacional de Estatística de Angola não fornecer dados sobre a produção em quilates, o subíndice da Produção Industrial permite fazer os cálculos.
Assim, a produção de diamantes em Angola “aumentou para 3,7 milhões de quilates no segundo trimestre de 2025, face aos 3,6 milhões de quilates no primeiro trimestre”, o que faz com que, no conjunto de seis meses, “a produção estimada de diamantes de Angola tenha atingido 7,3 milhões de quilates”, o que, ainda assim, revela uma descida em relação aos 9,1 milhões de quilates no segundo semestre de 2024.
Para além do primeiro semestre, a Oxford Economics estima que a produção de diamantes do Botswana “permaneça moderada durante o resto do ano devido aos cortes substanciais na produção da De Beers, que controla cerca de 95% da produção de diamantes do país”, ao passo que “a produção de diamantes de Angola tende a aumentar e atingir o pico no último trimestre do ano”.
A produção no Botswana “caiu drasticamente” para 2,7 milhões de quilates, face aos 4,7 milhões de quilates produzidos nos primeiros três meses do ano, e mesmo olhando para o conjunto do primeiro semestre, os dados são igualmente negativos: uma quebra de 8,4 milhões de quilates produzidos nos primeiros seis meses de 2024, para 7,4 milhões produzidos de Janeiro a Junho deste ano.
Vale sublinhar que Oxford Economics é uma empresa britânica, líder global de consultoria económica, fornecendo insights e previsões baseados em dados para ajudar clientes a navegar por complexas paisagens económicas.