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INDIFERENÇA DO GOVERNO DO UÍGE: ALUNOS ESTUDAM NA ANTIGA POCILGA COLONIAL

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Sob o olhar indiferente do governo provincial do Uíge, uma escola pública do ensino primário, na aldeia de Cachimbamba, município do Songo, encontram-se em situações extremamente degradantes e desapropriadas para o seu funcionamento normal.

FRANCISCO MWANA ÚTA

A denúncia foi feita por um residente local, que vem deste modo mostrar o descontentamento e revelar o que os governantes ignoram e procuram esconder a muito custo esconder.

Na verdade, a estrutura, que agora foi transformada em escola, foi uma pocilga na era colonial. A estrutura é feita de apenas duas salas de aulas –visivelmente emporcalhadas, sem carteiras nem assentos e com quadros deteriorados. Suportados por apenas dois professores, a escola acolhe alunos da iniciação à sexta classe. Um professor cuida dos alunos da iniciação à terceira classe e outro da quarta à sexta classe. Esta situação revela uma sobrecarga psicológica e profissional dos docentes, o que pode resultar no baixo aproveitamento quer dos alunos como profissionais em causa, tendo em conta o ambiente de aprendizagem em que estão todos envolvidos.

As salas de aulas não têm portas tampouco janelas – como se de uma casa abandonada se tratase. As peredes invadidas por manchas pretas e o teto caduco preenchido de buracos, o que prova que em tempos de chuvas as aulas são forçosamente interrompidas.

Num dos compartimento da estrutura foi improvisado um quarto para abrigar os dois professores que vêm de muito longe para lecionar. Pelos constrangimentos de ida e volta ao longo da trajectória das suas reais casas ao local do serviço, os funcionários do Ministério da Educação preferiram se instalar ali por cima das péssimas condições para darem aos meninos daquela aldeia o direito de poderem também se formar.

Entretanto, a denúncia lança uma forte alerta ao Ministério da Educação, liderada por Luísa Grilo, ao governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, e ao administrador municipal do Songo, Júnior Cudimuena, para que se olhe este caso com bastante preocupação, com sentimento de patriotismo, empatia e liderança, a fim de que, de facto, as crianças e os professores sejam tirados dessas condições precárias, rumo a um ensino de melhor qualidade. Portanto, a situação não deve ser olhado com indiferença e arrogância de um caso típico em Angola. A mudança começa agora!

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