#foogallery-gallery-34691{ }

MOVIMENTO CÍVICO MUDEI  LIDERA  PETIÇÃO  PARA  DESTITUIÇÃO DO PRESIDENTE  JOÃO  LOURENÇO  POR  ALEGADAMENTE  DIRIGIR UM GOVERNO ´´AUTORITÁRIO´´

ecbaed31-f496-4c5e-8c87-718a520f8bc3

O Movimento Cívico MUDEI está a liderar uma petição com mais de 500 assinaturas para exigir a destituição do Presidente da República, João Lourenço, acusando-o de reprimir liberdades, violar direitos humanos e abusar do poder.

ANGELINO  CAHANGO

Em entrevista ao jornal  Hora H, o coordenador do movimento, Luaty Beirão, considerou a iniciativa uma medida natural, afirmando não reconhecer a legitimidade do Presidente devido à alegada fraude eleitoral nas últimas eleições.

“Não vejo outra forma mais natural do que exigir a demissão da pessoa que controla todo o governo. O governo é unipessoal. Como ocupante do cargo de Presidente da República, há a obrigatoriedade de ser o garante da Constituição”, declarou Luaty.

O activista criticou também a alegada inação e as declarações do Presidente João Lourenço perante os assassinatos ocorridos durante os protestos de 28, 29 e 30 de julho, na sequência da greve convocada por taxistas em Luanda e no interior do país. Luaty Beirão acusa o Presidente de compactuar com os actos violentos

“Sendo a Constituição flagrantemente violada, como foi neste caso — em que munição real foi usada contra pessoas desarmadas, muitas atingidas pelas costas — o Presidente está a ser cúmplice de uma acção clara de homicídio. Num país democrático, isso é motivo suficiente para ver o governo cair”, frisou.

A petição, que conta com mais de 500 subscritores, entre presenciais e virtuais, apela à destituição imediata do Presidente. Luaty Beirão reconhece que, do ponto de vista legal, a iniciativa pode não ter efeito directo, mas apela aos deputados a Assembleia Nacional para que “se dispam das benesses” e deem prioridade ao bem comum.

O Movimento Cívico MUDEI garante que continuará a promover iniciativas semelhantes com o objectivo de fazer cair o actual governo e assegurar que as próximas eleições sejam transparentes, livres e justas.

A petição destaca ainda “Sob a sua chefia, o Estado angolano foi responsável por massacres brutais, como o ocorrido em Cafunfo (em 2021), onde dezenas de cidadãos foram assassinados pelas forças de defesa e segurança, além de outras execuções extrajudiciais durante a pandemia da COVID-19, com vítimas espalhadas por várias províncias.”

Você não pode copiar o conteúdo desta página