O activista e ex-militar, Osvaldo Kaholo, proferiu, recentemente, em Luanda, duras declarações que atentam contra a má conduta da Polícia Nacional e dos agentes das Forças Armadas Angolanas (FAA) diante da população, excusando-se da sua missão de proteger o povo em detrimento da salvaguarda do pão.

FRANCISCO MWANA ÚTA

Afirmou, por isso, que a Polícia e os militares estão a ser utilizados pelos “malandros e bandidos” do MPLA, porque estão sem consciência, achando-se presos por causa de um pão, por causa de privilégios, vendo grandeza onde até não tem.

Visto que, fazem do povo um alvo a abater, o activista apelou aos policiais e militares que: “devem saber a quem as armas devem estar apontadas. Devem estar apontadas para os bandidos e malandros. A lei deve estar virada para bandidos e malandros”. Para ele, “bandidos e malandros” são todos os membros do MPLA.

Referindo-se à onda de manifestações agendadas contras as más políticas do governo, Kaholo apelou que “não deve existir vendidos e comprados, não deve existir milícias digitais. Todos os angolanos devemos nos juntar, todos são dignos para lutar por essa causa”.

“Sentar com o governo da província não é nada, porque a Polícia vai cumprir outra ordem contra o que governo provincial despachar”, frisou.

O activista convidou a juventude toda a não fugir do seu papel histórico. Pois, todos são nacionalistas e patriotas. “E a juventude tem de se libertar dos falsos libertadores, por qualquer meio necessário, nem que as nossas vidas estejam posta em causa”, disse.

“O patrão do João Lourenço são os brancos, a comunidade internacional, onde ele vai buscar dinheiro e gasta, oferecendo, inclusive, avião para mulher dele. Ele não tem dinheiro para isso. Não poupa nem preserva o património do povo”, denunciou.