DEPUTADO SAPINÃLA “AVACALHA” CAROLINA CERQUEIRA, DEPUTADOS DO MPLA E APRESENTA A CARTA
Um momento de tensão e interrupções marcou a sessão plenária desta quarta-feira, 17.07 na Assembleia Nacional, quando o deputado da UNITA Adriano Sapiñala, começou a apresentar a versão do seu grupo parlamentar sobre a alegada recusa de diálogo por parte do MPLA.
ANNA COSTA
De acordo com o parlamentar, a intervenção foi uma resposta a um desafio lançado anteriormente pelo Grupo Parlamentar do MPLA, que instou a UNITA a provar publicamente a existência de uma carta trocada entre as partes.
“Eles desafiaram-nos a mostrar e publicar a carta deles e eu a levei para ler em plenário”, declarou Sapiñala, que afirmou tratar-se da correspondência oficial sobre o pedido de diálogo enviado pelo Grupo Parlamentar da UNITA e rejeitado pelo MPLA.
Contudo, o ambiente rapidamente transformou-se em tumulto. A leitura da carta por Adriano Sapiñala foi interrompida por três pontos de ordem concedidos e outras cinco tentativas adicionais de interrupção, todas por parte dos deputados do MPLA.
O episódio, classificado por Sapiñala como uma “clara demonstração de medo pela verdade”, prolongou a sua intervenção de cerca de 10 minutos para quase 20 minutos.
O momento foi um dos mais tensos da presente legislatura, com acusações cruzadas entre os grupos parlamentares, levantando questões sobre a transparência e a abertura ao diálogo entre as forças políticas representadas na Assembleia.
O deputado Adriano Sapiñala reforçou, no final da sua intervenção, que a carta lida é prova inequívoca da tentativa da UNITA de promover o diálogo institucional, contrapondo o que classificou como “negação sistemática” por parte do MPLA.



