Francisco Jacinto, secretário-geral da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), está a responder a um processo-crime junto da Procuradoria-Geral da República (PGR), no qual é acusado de liderar uma associação criminosa, burla por defraudação, abuso de poder e de confiança, além de má gestão dos recursos financeiros da organização sindical.

ANNA COSTA

De acordo com a fonte do Jornal Hora H que preferiu manter o anonimato, Francisco Jacinto é suspeito de uso indevido das quotas dos associados e das dotações atribuídas pelo Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS). Jacinto é também acusado de ser  o responsável pela apropriação indevida de meios rolantes oferecidos pelo Governo para fins institucionais.

Além do processo-crime, Francisco Jacinto enfrenta acções cíveis no Tribunal, relacionadas a alegadas violações dos estatutos da CGSILA e do seu regulamento interno, bem como casos de má gestão denunciados por outros membros da organização.

A mesma fonte refere que, desde 2002, o secretário-geral tem alegadamente recorrido a manobras internas, incluindo a criação de divisões entre sindicalistas, para se manter no poder.

Outro processo judicial foi também movido por membros do sindicato sob sua liderança, que o acusam de irregularidades financeiras.

O jornal Hora H entrou em contato com o acusado, que negou todas as acusações e afirmou não ter conhecimento de qualquer notificação formal contra si. Francisco Jacinto declarou que, no sindicato que dirige, não há registro de reclamações por parte dos trabalhadores quanto à sua gestão. Segundo ele, as informações divulgadas não passam de uma calúnia, criada por um órgão de comunicação com o intuito de manchar sua imagem.