25 ANOS DE SUA EXISTÊNCIA: MÃOS LIVRES DESTACA DEFESA DO PROCESSO QUE DEU A CONSTRUÇÃO DOS ZANGOS

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A Associação Mãos Livres (AML), assistiu desde a sua fundação em 2000, mais de 800 mil cidadãos nos diversos processos jurídicos com o destaque, o caso que deu origem do surgimento do projecto habitacional Zangos que hoje é habitado por mais de três milhões de pessoas.

ANA MENDES 

“É uma alegria termos defendido o processo dos desalojados do Miramar, ou seja o caso Boavista, que deu origem o surgimento dos Zangos, hoje habitado por mais de três milhões de pessoas”, disse, o novo presidente da AML, Salvador Freire dos Santos quando fazia o balanço dos 25 anos da existência da associação.

O responsável destacou ainda a defesa dos processos, o caso do Massacre da Frescura, 15+2, o caso Quim Ribeiro, Protectora Lunda Tchoque, o julgamento dos 37 indivíduos acusados de darem Golpe de Estado no tempo do então Presidente José Eduardo dos Santos, Kalupeteka no Huambo e tantos outros devidamente documentados.

A AML apesar das suas acções visíveis para o bem da sociedade e reconhecidos por alguns sectores de governação, de acordo com o seu presidente, nunca recebeu qualquer valor do Governo angolano, para assistir as populações.

 “Temos uma excelente relação com alguns sectores das instituições públicas, do qual temos desenvolvido acções conjuntas para a melhoria dos direitos humanos em Angola”, assinalou o responsável que diz estar esperançado um dia serem recebidos e reconhecidos como uma ONG do direito angolano e de certa forma merecedora de ser inserida no programa de Orçamento Geral do Estado (OGE).

“Portanto formalmente não podemos apenas esperar que as instituições internacionais continuem a contribuir para a melhoria dos direitos humanos doando para Angola dinheiro e outros meios”, disse adiantando que a autoridades angolanas compreenda e valorizem os esforços que as organizações nacionais têm feito sobretudo na base de muitos sacrifícios.

“As contribuições ou doações feitas por membros das ONG, sobretudo da Mãos Livres são pontuais e insignificantes. Quer dizer que não respondem nem resolverem os problemas e imensas dificuldades que a associação vive de momento”, reconheceu.

Lembrou que nos tempos passados, a AML, beneficiou ajudas das organizações internacionais quantificadas em custos acima de 250 mil dólares americanos ano.

“No tempo do conflito armado, com a presença da Missão de Observação das Nações Unidas em Angola (MONUA), fez com que o trabalho da associação Mãos Livres se tornasse acima da expectativa abrangendo o país de Cabinda ao Cunene. Isto, permitiu o recrutamos de mais quadrados, nomeadamente, advogados, jornalistas, pessoal de apoio e administrativos, os custos ficaram quase a 600 mil dólares americanos ano”, lembrou.

Salvador Freire dos Santos, disse a AML está comprometido com os direitos humanos e sua atenção está nos objetivos traçados pala associação de continuar a defender os desfavorecidos e aqueles que não têm recursos para verem repostos os seus direitos.

“ Vamos continuar a prestar assistência jurídica a casos relacionados com despedimentos ilegais, violência doméstica, fuga à paternidade, incumprimento de pensão de alimentos, divórcios, homicídios, acidente de trabalhos e outros”, prometeu.

Refira-se que o advogado Salvador Freire dos Santos, é novo presidente da Associação Mãos Livres (AML), cargo que deixou em 2021, substituindo Guilherme Neves, também advogado com um longo percurso no activismo cívico.

AML existe desde 2000 e atende entre 10 mil e 15 mil pessoas por ano e actua em nove províncias, sendo elas Luanda, Huambo, Kuanza Sul, Benguela, Moxico, Huíla, Cunene, Cabinda e Lunda Sul.

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