PRA-JA SERVIR ANGOLA SAI DA FRENTE PATRIÓTICA UNIDA

92891fc5-7f23-439b-b617-cb0f217561f6

O líder do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, anunciou nesta quarta-feira, 21, a saída deste partido da Frente Patriótica Unida (FPU), plataforma política que uniu alguns partidos para as eleições de 2022.

Abel Chivukuvuku foi eleito, segunda-feira, líder desta força política, legalizada em outubro de 2024, no arranque do congresso constitutivo do PRA-JA Servir Angola.

A FPU foi criada em 2022, coordenada pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, da qual fez parte, na altura, o ainda projeto político PRA-JA Servir Angola, o Bloco Democrático e individualidades da sociedade civil angolana.

Na sua intervenção de encerramento do primeiro congresso deste partido apresentado em 2019 à sociedade angolana, Abel Chivukuvuku apelou aos partidos políticos da oposição, a não terem “medo” nem “inveja” do PRA-JA Servir Angola.

“Nós somos os kandengues (miúdos) do ponto de vista legal institucional da política angolana. Eles são mais velhos, estão lá há muito tempo, mas fizeram o quê? Agora nós, façamos trabalho”, referiu Abel Chivukuvuku.

O político, que foi por vários anos militante da UNITA e líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), manifestou abertura “para as concertações” com os partidos da oposição.

“Eu percebi que na Comissão Política, que reuniram ontem [terça-feira] e hoje, um dos grandes problemas foi a FPU. Vamos nos atrapalhar com a FPU porquê? Foi um dos grandes problemas”, frisou.

Segundo Abel Chivukuvuku, recebeu o mandato e a responsabilidade do congresso para preparar o partido para “a necessidade de poder ter que avançar para as eleições [de 2027] sozinho”, bem como para a possibilidade de “fazer concertações”.

“Temos que nos preparar para avançarmos sozinhos, mas dispostos para a eventualidade de conversas, mas essas conversas têm que ter regras, porque já sofremos muito com essa questão da FPU”, salientou.

Para os “irmãos do regime” referindo-se ao partido no poder, Abel Chivukuvuku avisou “vão mesmo perder”, lembrando que “a vida não acaba deixando de ser poder”. “Continua e continuaremos como irmãos, a trabalhar juntos, em diálogo, em harmonia, porque é esse o nosso propósito”, disse. De acordo com o presidente do PRA-JA Servir Angola, “uma Angola, poderosa, séria e realizadora” não é construída “excluindo o outro que é diferente, é trazendo o outro”.

Você não pode copiar o conteúdo desta página