SOBE PARA 18 O NÚMERO DE IDOSAS ASSASSINADAS NAS LAVRAS NO CUANZA NORTE SOBRE O OLHAR DA INCOMPETENCIA DAS AUTORIDADES
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O número de idosas assassinadas nas lavras no Cuanza Norte subiu para 18, este sábado, 22, em Ndalatando, no bairro da Pedreira.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
A última vítima foi morta no período da tarde deste sábado, num dia habitual que as senhoras reservam para as actividades agrícolas, mas, tristemente, acabou por lhe custar a vida. Uma situação que já preocupa as idosas da província, bem como a população no geral.
No momento não se sabe muito sobre os dados da vítima.
O governo provincial, propriamente na voz do governador João Diogo Gaspar, assegurou que está atento às ocorrências e, por isso, tudo está a fazer, em companhia com Ministério do Interior, liderado por Manuel Homem, para travar estas más práticas, responsabilizando os autores.
Contudo, a população não acredita nas garantias do governo, dado o tempo percorrido sem êxitos, por isso, entendem que o olhar do executivo ainda é indiferente. Dizem que não passa de mera política (para agradar o chefe) quando o governador vem em público garantir que já prenderam cinco suspeitos, sendo que os homicídios prosseguem, significando que os presos foram arranjados para suster os discursos de estão a trabalhar, enquanto que não.
As famílias inconsoláveis com a perda de seus entes queridos e as idosas amedrontadas, vivem um momento de indecisão bipolarizada, entre cultivar ou viver. O cultivo é tudo que elas têm, sem o cultivo, declinar-se-ão no tédio, é, praticamente, tudo que elas têm e fazem. O afastamento das suas lavras é uma sentença psicológica com graves consequências.
Destes infortúnios, só se pode ter uma desagradável conclusão: é, actualmente, um crime gravíssimo, com sentença à pena de morte, a prática de agricultura por idosas no Cuanza Norte, mais propriamente em Ndalatando.