PGR INVESTIGA REDE DE SUPOSTOS CRIMINOSOS NA AGT E SME

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Os escândalos de corrupção no Serviço de Migração Estrangeiros (SME) e a fraude milionária na Administração da Administração Geral Tributária (AGT) levaram a PGR a desencadear uma investigação ao mais alto nível nas hierarquias do SME e AGT. Fontes da PGR asseguraram ao Novo Jornal que há nestas instituições uma grande rede organizada de criminosos, “que envergonham o País”.

Segundo uma das fontes, altos responsáveis do SME, com a patente de comissário de migração, e vários administradores da AGT estão a ser chamados e investigados por supostos actos criminosos.

E descreve que a situação é gravíssima, pois há suspeitas do envolvimento de altos responsáveis destas instituições.

Conforme a fonte, há no SME, órgão pertencente ao Ministério do Interior, e na AGT, superentendida pelo Ministério das Finanças, uma rede organizada de criminosos que estão a defraudar o Estado.

Segundo a PGR, há trabalhos investigativos em curso para responsabilizar os autores do escândalo de corrupção no Serviço de Migração Estrangeiros e do desvio milionário de impostos da AGT.

A fonte assegura que tanto no SME como na Administração Geral Tributária, altos responsáveis estão a ser chamados e muitos investigados por suspeita de envolvimento, não descartando a possibilidade de nos próximos dias a PGR decretar a prisão de altos responsáveis destas instituições.

Já o Serviço de Investigação Criminal assegura ser extensa a rede organizada de criminosos na AGT e que investigações prosseguem para o seu desmantelamento.

Importa recordar que em finais de Dezembro, o SIC deteve dois efectivos do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), nomeadamente o director do gabinete do director geral do SME, a chefe do departamento de Recursos Humanos do SME, por factos que configuram os crimes de associação criminosa, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva de funcionário público, entre outros.

No dia 28 de Janeiro, procedeu à detenção quatro efectivos SME por envolvimento num esquema fraudulento de emissão de passaportes.

Entretanto, de Janeiro até agora, e após ter detectado o roubo de mais de 7 mil milhões de kwanzas dos cofres do Estado, o SIC deteve oito funcionários da AGT, entre os quis um administrador. A última detenção ocorreu nesta segunda-feira, 3, em que foi preso um técnico da AGT por obstrução à justiça no “caso 7 mil milhões kz”, em que já há dois suspeitos foragidos no exterior.

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