AGORA VAMOS LUTAR ATÉ AO ÚLTIMO UCRANIANO, DIZ PUTIN

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Em uma recente entrevista, o Presidente russo, Vladimir Putin, revelou que em Abril de 2022 houve negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, mas, antes das assinaturas destes mesmos acordos, os ucranianos desistiram e preferiram continuar com a guerra. Daí, o Putin entendeu que a Rússia teria de combater até ao último ucraniano.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

“Na noite do dia 15 ou 16 de Abril, em Istambul, nós informamos a Kiev que estávamos dispostos em finalizar os acordos. De repente chegou a informação de Kiev que eles precisavam consultar seus aliados. Então, o antigo Primeiro Ministro da Inglaterra, Boris Johnson, a pedido da antiga administração americana, liderada por Joe Biden, disse aos ucranianos que continuassem com a guerra. Portanto, eles desistiram desse acordo e decidiram continuar a guerra. Para ser honesto, recebemos imediatamente um sinal do Kiev como nos falaram na época. Agora vamos lutar até ao último ucraniano”, disse.

Putin revela também que é bem provável que não exista um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia, em função de um decreto presidencial que vigora naquele país, que proíbe qualquer negociações com Rússia, nem mesmo o Presidente ucraniano teria legitimidade para tal.

“Quanto a legitimidade, ele (Zelensky) não pode firmar nada. Contudo, se ele quiser se envolver nas negociações, destacarei quem guiará as conversas. A questão é: a assinatura final dos documentos, esse é questão muito séria que deve garantir a segurança da Ucrânia e da própria Rússia. Aqui não pode haver nenhum erro, nenhuma margem de manobra”, destacou.

Ao referir sobre o que poderia impedir acordo de paz entre os países beligerantes, Putin disse: “aqui tem um problema. Actual líder do regime (Zelensky), na época que era Presidente legítimo da Ucrânia assinou o decreto que proibia qualquer negociações com os russos, e agora ele não pode revogar tal decreto, porque agora é ilegítimo. Armadilha!”.

Para o estadista russo, em referência a Constituição da Ucrânia, Volodymyr Zelensky não é legítimo para negociar os acordos de paz que se pretendem, tão pouco para revogar o decreto que ele mesmo assinou, um vez que seu mandato teria terminado em Maio de 2024. Por isso, a única via de negociações, em termos jurídicos e legais, só é aceitável, para Putin, diante do presidente do parlamento ucraniano.

“De acordo com a Constituição da Ucrânia, mesmo sobre o regime da lei marcial, o presidente da Ucrânia não tem direito de estender seus mandatos, só os órgãos representativos do poder, como o parlamento do país possui os direitos de ampliar seus poderes. O presidente da república tem apenas cinco anos e nada mais, depois os seus poderes são transferidos para o presidente do parlamento ucraniano. Mas se houver vontade de encontrar soluções de compromisso, que eles conduzam essas negociações com quem quer que seja. Nós, naturalmente, vamos buscar o que nos agrada, o que está de acordo com os nossos interesses, mas do ponto de vista da assinatura dos documentos poderão ser ilegítimas, se rubricadas por Zelensky”, sublinhou.

Em contrapartida, Kiev assegura que Zelensky matem intacto todos os poderes inerente ao cargo de Presidente da Ucrânia porque a lei marcial “desliga” as obrigações constitucionais de realização das eleições, prolongando mandato corrente ao Presidente da República.

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