O Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) divulgou, recentemente, a lista oficial de cidadãos estrangeiros que serão deportados para os seus países de origem. Entre os nomes apresentados, Angola surge com um número expressivo de 662 indivíduos que deverão regressar ao território nacional nas próximas semanas, por estarem em situações de ilegalidade no terreno norte-americano.

REDACÇÃO JORNAL HORA H

A decisão levanta preocupações entre a comunidade angolana residente nos EUA, especialmente entre aqueles que, por diversas razões, construíram a sua vida no país e agora enfrentam um regresso inesperado.

Especula-se que muitos tenham sido apanhados em operações recentes das autoridades norte-americanas, ligadas a vistos expirados, processos judiciais pendentes ou questões administrativas.

Este cenário reacende o debate sobre as dificuldades enfrentadas pelos angolanos na diáspora, bem como a necessidade de políticas de reintegração para aqueles que, por circunstâncias diversas, veem os seus planos de vida alterados de forma abrupta.

Conforme descrito no documento, no total, serão cerca de 1.445.549 de estrangeiros, em condições ilegais nos EUA, obviamente, que procuravam por melhores condições de vida, que serão “enxotados” do país.

Ouvido pelo Jornal Hora H, Lucas Gonçalves ressaltou que os estrangeiros, no caso angolanos, não estão a ser “enxotados” por cometerem ou por terem feito alguma coisa ruim, contudo por terem os vistos expirados. “Os EUA não são desorganizados como nós, onde um estrangeiro pode comprar terreno, vender ou andar onde quiser”, disse.

“Boa medida! De modo a valorizarem as suas origens. Gostei. Gostam muito de fugir de suas realidades. Parabéns ao Presidente Trump”, comentou André Tiago.

Por sua vez, Soldado Tito recomendou aos estrangeiros, em condições ilegais, a abandonarem, de bom senso, os Estados Unidos, pois, ao teimar ficar por lá só irá piorar a situação. “Vão ser chantageiados, humilhados e marginalizados. É horrível! Mil vezes na minha terra do que na terra do outro como resto”, afirmou.