PRINCIPAIS JORNAIS AMERICANOS INDIFERENTES À VISITA DE BIDEN EM ANGOLA
Numa checagem feita àqueles que são os principais jornais dos EUA, para se saber o tratamento que se deu aquando da visita do seu presidente num país africano, por sinal a primeira de Biden desde chegou à Casa Branca, a decepção é activada ao apurar que a atenção que os jornais angolanos deram a visita foi totalmente proporcional a desatenção dos jornais americanos, o que revela um quadro clínico de indiferenças destes ao assunto.
REDACÇÃO JORNAL HORA H
Em comparação, lembra-se que quando João Lourenço foi igualmente recebido na Casa Branca, em Novembro de 2023, o enfoque dos media angolanos foi parecido ao que se vislumbrou na vinda de Biden em Angola e a indiferença dos jornais americanos idem.
Talvez seja porque achavam que os privilegiados fossem os angolanos e que no final a visita daria em nada, a menos para dizer que “foi o primeiro presidente norte-americano a pisar no solo angolano”.
Em concreto, cito os jornais The New York Times (NYT), Los Angeles Times, USA Today e The Wall Street Journal, que no seu cômputo, excepto NYT com três, dedicaram uma matéria cada relativo ao assunto em debate, muito para sublinhar que Biden decidiu “partir para cima da China” em África.
Recordar que a China, o rival direito dos EUA, como também potência mundial, é o maior parceiro económico da África, e os seus investimentos no continente são feitos por meio de: investimentos externos directos, ajuda financeira, projectos de infraestrutura e perdão de dívidas.
Os maiores investimentos chineses estão localizados nos três maiores produtores africanos de petróleo: Sudão, Angola e Nigéria. E Angola é o maior beneficiário dos investimentos chineses, tendo recebido cerca de 45 mil milhões de dólares desde 2002.
Já os jornais angolanos, como Jornal de Angola, Novo Jornal, O País, Folha 8, por exemplo, estavam em constante actualizações sobre o que se falava, o que não se falava, o que se fazia, o que não se fazia, o que se via, o que não se via, o que se ouvia e o que não se ouvia, tudo para destacar, positiva ou negativamente, os esforços de João Lourenço na diplomacia internacional.
Outro aspecto que poderá ter diminuído o peso da visita é por acontecer no final do seu mandato. Biden decidiu visitar Angola, de 2 a 4 de Dezembro de 2024, numa altura em que o seu cronómetro na presidência norte-americana já estava bastante afunilado, daí não criar tantas expectativas nos media da sua própria nação, pois seria substituído por alguém (Trump) com ideiais bem diferentes que poderia declinar qualquer acordo que se fizesse com Angola assim que tomasse posse, caso quisesse.