OBRAS DO MPLA NO LARGO DOS MINISTÉRIOS AMEAÇAM DANIFICAR EDIFÍCIOS VIZINHOS
As obras de construção do partido no poder, MPLA, em curso no largo dos Ministérios estão afectar negativamente os edifícios próximos.
ANA MENDES
Segundo apurou este jornal, as sofisticadas máquinas que movimentam na área, fazem tremer os edifícios vizinhos.
“As obras onde era o edifício do Ministérios Geologias e Minas e a TPA, toda esta área ocupada pelo MPLA, está criar danos a outros edifícios”, disse uma fonte ligada às obras.
Refira-se que o Governo angolano anunciou que mais de 500 edifícios no País estão em muito mau estado técnico e mais de 1000 estão em risco de ruir.
A informação foi avançada terça-feira, 26, pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, que esteve no Parlamento durante um encontro com os deputados e a equipa económica do Executivo.
Informou, na oportunidade, que o edifício das Relações Exteriores, no largo dos Ministérios, apresentou um problema estrututural, que obrigou a evacuação do edifício, estando a ser apuradas as causas do eventual.
Segundo apurou este jornal, a fragilidade dos solos, a falta de manutenção de edifícios construídos nas décadas de 1960 e 1970 e as alterações feitas pelos moradores são fatores indicados que poderão justificar o colapso destas estruturas.
Refira-se que recentemente, o Presidente da República, João Lourenço, ordenou um levantamento à situação de todos os edifícios urbanos, públicos ou privados, que se encontram em perigo de ruína ou desabamento.
“Considerando que o País possui vários edifícios urbanos, propriedades do Estado ou de privados, em avançado estado de degradação e que carecem de intervenção face ao perigo que representam para a vida dos cidadãos”, dizia o despacho Presidencial, de 06 de 2018.
O documento definia que o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida (na altura), “deveria inventariar e catalogar, em coordenação com outros organismos, os edifícios que se encontram em mau estado de conservação ou que constituem perigo de desabamento.
Além disso, o cadastro sobre “todos os edifícios” e o seu estado de conservação envolverá igualmente os imóveis “adquiridos pelo Estado no exterior do País que são utilizados pelas representações diplomáticas”.
Obriga ainda os governos provinciais e outros organismos do Estado que têm sob sua jurisdição edifícios com quatro ou mais pisos a prestarem informação sobre o seu estado ao Ministério da Construção e Obras Públicas, cabendo por sua vez ao ministro informar o Presidente da República sobre a situação dos edifícios que se encontram em perigo de ruína ou desabamento.