MPLA E JMPLA SÃO “ALÉRGICOS” À MÚLTIPLA CANDIDATURA

Os três candidatos apurados pela comissão preparatória do IX Congresso Ordinário da JMPLA, ao cargo de primeiro Secretário Nacional da organização, vão aguardar o aval da direcção do partido, mais destes apenas dois vão concorrer.

ANA MENDES

Para muitos analistas, não se justifica haver cantidaturas, porque quem decide o vencedor é partido e não os delegados ao congresso.

“A comissão organizadora recebeu candidaturas de seis militantes. Destes, três foram excluídos. Os que passaram deveriam concorrer e não mais serem peneirados pela direcção do partido, porque mereceram a confiança da JMPLA”, disse o politólogo Cardos Henrique Festos.

Segundo o politólogo, a comissão preparatória só deveria apurar dois concorrentes e não três.

“Tudo isto só para dizer que existe democracia interna. Quer no MPLA, como na JMPLA MPLA, a democracia é uma faixada”, acrescentou.

Para o analista político, Pedro Fortunanto Tuiula, as candidaturas é só para “fintar” as pessoas, o candidato justino Capapinha é o escolhido pelo partido.

“Só um distraído é que não vê este processo. O MPLA já definiu tudo. O que vai acontecer no congresso da JMPLA será semenhante do partido”, concluiu.

Os militantes Adilson Amado Marmane Hach (28 anos), Justino Fernando de Castro Capapinha (29 anos) e Luty Hermenegildo Macuntina Afonso (27 anos), são selecionados pela comissão preparatória do congresso.

Segundo metodologia da JMPLA, só vão concorrer à presidência da organização, dois candidatos e um deles será excluído no âmbito da deliberação da direcção do partido.

Os militantes Mário Aragão, Mateus Fumani e Mazongani Bunga, foram excluídos, segundo a comissão preparatória, por não reuniram os requisitos para concorrerem ao cargo de secretário nacional da JMPLA, mesmo tendo recorrido da decisão.

Na sequência do processo, assembleias provinciais de balanço e renovação de mandatos, serão realizadas de 12 a 15 de Outubro.

O processo, foi marcado com a impugnação do congresso pelo militante Mário Argão, que argumentou que o seu camarada (também candidato), Justino Capapinha, fazia parte da comissão organizadora do conclave, o que violava os princípios do conclave.

O Secretariado Nacional da JMPLA substituiu com “efeitos imediatos”, de Justino Capapinha, que era membro da comissão preparatória IX Congresso Ordinário, para concorrer ao cardo de secretário nacional da organização.

 “Esta decisão decorre do facto do militante, Justino Capapinha, ter submetido a sua intenção de candidatura ao cargo de primeiro secretário nacional da JMPLA, visando assim, assegurar maior lisura e transparência no referido processo”, lia-se num comunicado divulgado pela JMPLA.

Em substituição de Justino Capapinha do cargo de segundo secretário nacional interinamente, foi indicada a militante, Elizandra Wassuca, responsável do departamento para política de quadros da JMPLA, que agora é coordenadora adjunta da comissão preparatória do congresso.

Refira-se que o IX Congresso Ordinário da JMPLA, que terá lugar nos dias 21 a 23 do próximo mês, vai reunir 1.789 delegados provenientes de todas as estruturas da JMPLA no País e no exterior, além de convidados nacionais e internacionais.

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